quinta-feira, 27 de junho de 2024

Dia 8 nº 5897

Para quem não entende a referência, eu tenho um número aleatório para usar quando quero dizer que já tentei muitas vezes. Ah, já foram 5893 vezes. Número específico? Sim. Ironicamente, resolvi entrar na dieta/reeducação alimentar/exercícios físicos pela 5893ª vez em 2021. Daí, toda vez que canto aquela musiquinha "teeeeeente outra veeeeeez", eu incremento um ponto.

Daí, sim, hoje é o dia 8 nº 5897.

Apesar do caos, este campo em específico está fluindo. Mas, por enquanto, somente porque eu consegui montar cardápio e lista de compras com antecedência. Se eu faço compras sem saber o que vou fazer ou usar, SEMPRE dá B.O., porque eu compro coisas que não uso, não compro o que preciso e, no final, boicote.

De alegrias, baixei 1,2kg desde o início da nova jornada, que foi parcialmente boicotada por viroses, cansaços, atendimentos bancários de 4 horas e desânimo. Mas, bebe a caneca de café e reage.

Eu ia postar terça, mas foi corrido demais. Não imaginava que quarta conseguiria ser pior. Mas cá estamos nós, nesta quinta-feira nublada, comemorando uma vitória parcial.

Hoje é meu dia presencial. Antes de sair de casa, encarei lavar dois maços de alface, lavar e picar 9 folhas de couve, montar minha salada e da babá (marido não encara saladas), e deixar mais ou menos encaminhado o roteiro do dia pro marido.

Hoje também é o terceiro dia da avaliação de filhote, então é mais um dia corrido e seguimos o baile.

Por sinal, ontem aconteceu algo curioso: eu dormi. Hahaha, eu dormi por 3 horas ao lado de filhote, enquanto tentava fazer a cria dormir. Acordei meia noite. Podia comer algo, mas preferi ir para a cama. Obviamente, não consegui dormir de novo, seja por coceiras (eu tenho coceiras estranhas por qualquer coisa), por falta de sono, sei lá. Quando deu uma da manhã, resolvi tomar um banho. Nessa hora filhote acordou de novo, mas foi só o pit stop e voltou a dormir. Aí sim, apaguei de vez.

Seguimos o baile.

sexta-feira, 21 de junho de 2024

Dia 3 n° 5897

Hoje tinha reunião de manhã, então como precisava ficar acordada e as lesões da pele já secaram, tirei 50 minutos do dia para caminhar ao ar livre. Não arrisco ainda ir à academia, já que seria um ambiente fechado e com contato com equipamentos, etc.
Vamos ver se amanhã consigo andar um pouquinho mais.
Senti que esse tempo parada e o sobrepeso pesaram muito. Parei quando comecei a sentir dor, pois não queria forçar e acabar machucando. Melhor ir devagar e sempre.
Quanto às refeições, não registrei todas. O pão de queijo era do meu filho. Fiquei só com o mate sem açúcar. Não vejo a hora de resetar o paladar, porque tá osso o amargor.
De resto, seguimos o baile.

Ontem e hoje estava estressada porque deixei todas as atividades do módulo 1 da pós acumularem. Fiz todas as tarefas, menos a última. Por algum motivo, todo o material de apoio está indisponível, então literalmente tive de procurar os artigos possíveis. Foi tenso, mas foi.
Por razões de foro íntimo, eu me desiludi demais com a temática da pós, então não estava com forças para seguir. Mas como eu não tenho o $$ para pagar no caso da reprovação, voltei. Próximo módulo estarei mais disciplinada, até porque a motivação voltou em parte.

Amanhã espero retomar os estudos, que ficaram paralisados enquanto filhote e eu tivemos essa virose estranha.

Ontem me comprei um buquê de girassois e hoje comprei um vaso para colocar flores. Lamentável o fato de que eu, com quase 11 anos de casada, nunca tive um vaso. Não é o mais bonito de todos, mas atende.

De mais a mais, seguimos. Boa noite! Cruj cruj cruj, tchau!

segunda-feira, 17 de junho de 2024

Pavor de montanha russa

Quando fiz minha primeira lista 101/1001, lá em 2006, um dos itens era justamente: andar numa montanha russa. Eu já tinha ido numa volta num parquinho tipo Playcenter no aniversário do meu amigo Fabber, em 2001 (tem tempo né?), com um loop, mas não contava porque eu achava que montanha russa tinha de ser algo mais sofisticado.

Gente, eu tenho pânico de altura. Vocês acham que seria um boa ideia ir a uma montanha russa?

Em 2015, eu fui na Euro Disney e encarei. O veredicto: eu tenho pavor de montanha russa.

E faz todo o sentido do mundo. Eu detesto os altos e baixos da vida como um todo. Eu detesto falta de previsibilidade. Eu detesto não ter controle sobre as coisas. Não a toa, minha primeira profissão foi o quê? A garota das asas, né?

Faz quase 1 mês que não posto. Não, não tô fazendo nada do Desafio de 90 dias da escola das escritoras. Não consigo me concentrar na pós. E estou aqui, postando no blog em vez de estar fazendo algo sério (ok, vou fazer algo sério e já volto).

Faz pouco mais de um mês que resolvi parar de decidir que preciso fazer as coisas e falar que vou fazer as coisas, para tentar efetivamente fazer as coisas, quietinha no meu canto.

Só que a montanha russa é uma titica, né?

Era para eu ter voado baixo na semana passada, mas filhote adoeceu e eu fiquei dois dias praticamente insones, e mal ainda depois. Hoje eu ia sair pra caminhar e arrumar umas coisas e capotei na cama, porque... a pereba de minha criança passou pra mim e estou com a mão esquerda possivelmente contaminante, além de dolorida. Felizmente, é leve. Mas, pensa num desânimo.

Ainda preciso largar tudo e fazer o bolo da criança que resolveu que não gosta mais de leite (a mamadeira foi uma experiência muito ruim enquanto o céu da boca estava machucado) e ele comeu um bolo inteiro de sábado pra hoje. E ainda estou aprendendo a lidar com isso.

Maaaaas, como tudo tem um lado positivo, faz 4 noites que ele dormiu. DORMIU. Estou emocionada. Fazia 3 anos e meio quase que eu não dormia. E agora vejo uma luz no final do túnel. E isso pode ser finalmente o que falta para conseguirmos o desfralde. Tenho fé.

Enfim, estou tentando ficar mais na minha, porque quando jogo meus planos pro vento, parece que estou sendo boicotada. Como se o Gabriel Agreste virasse pra mim segurando meu amok e dissesse "Nããããão!".

Apesar de tudo, estou relativamente bem com tudo. Um pouco frustrada, mas treinando a resiliência, que é o que resta mesmo.

Ainda, passei por uns pensamentos muito fortes sobre amizade. Quem me conhece sabe que eu tenho um problema muito sério com amigos. Eu os amo, e os afasto na mesma proporção. Parte de mim está entendendo o processo, e é bem egoísta, por sinal. Tenho medo.

Vou me afastando quando os nossos interesses mudam e eu não consigo me adaptar para fazer parte do mundo novo. Vou me afastando quando sinto que só conseguimos conversar sobre as coisas sérias ou as coisas do passado. Vou me afastando quando sinto que não sou importante o suficiente. Ao mesmo tempo, eu continuo circundando, porque não quero me afastar. E aí, cara, é uma dualidade tão complicada... Mas a maior parte dela só mora na minha cabeça.

Percebo que perdi muitos momentos importantes da vida de pessoas que eu admiro e de que gosto muito. Quando vejo em retrospecto, sempre penso que gostaria de ter estado ali, quando não estive. Entendo que o afastamento também é natural, mas, enfim, às vezes eu gostaria de conseguir fazer um esforço a mais. Só que quando faço esse esforço a mais, é  um esforço tão grande pra mim, que eu acabo ficando zangada com a situação. Ou seja, eu crio um problema na minha cabeça, eu tento resolver o problema na minha cabeça me forçando a fazer algo com o que não me sinto confortável e depois eu fico zangada com os outros por um problema que só existe no fantástico mundo de Clara.

Queria realmente ser clara para mim na hora em que vivo as coisas, e não ruminando depois. Mas, como digo sempre, meu nome não é Clara.

Tô precisando investir em alguns projetos solo. Tô precisando me encontrar, que nem o Ás de Copas. Mas também preciso parar de usar 40 horas por semana do meu telefone com rede social. Ok, dessas, 10 horas são lendo fanfic, rsrs. Preciso sair desse mundo virtual.

Preciso viver o mundo real também. Já falei mais de 500 mil vezes isso, mas preciso de gente, não de tela. Só não consigo ainda alinhar os planetas para conseguir encontrar com gente. Mas uma coisa de cada vez.