sábado, 7 de setembro de 2024

Um, dois elefantes

Hoje foi um dia pesado. Emocionalmente muito pesado.

Havia sido relativamente leve até 17 horas. Aí as coisas tomaram um rumo muito complicado. 

Meu irmão de coração está passando, há anos, por muitos e muitos problemas. E eu queria muito poder tirar os espinhos de cima dele para que ele pudesse se ver de verdade, mas infelizmente não é assim que funciona.

Não vou falar aqui o que se passa, porque são inúmeras questões de foro muito íntimo, mas eu só queria que ele soubesse que eu sei que ele será um pai fora de série, participativo, apoiador, louco, apaixonado, parceiro. E eu sei que será, independente de seu filho ser biologicamente seu ou de coração. E eu sei que um dia ele se sentirá assim completo. 

Eu sei que, no momento em que uma vida lá em cima for destinada a ele, ele e sua esposa (uma mulher mais do que incrível) serão capazes de quebrar uma sequência de traumas geracionais, que eles não irão reproduzir, porque eles são os melhores do mundo.

Eu sei que, um dia, eu os ouvirei chorando as pitangas da paternidade e da maternidade, exaustos, e vão passar por isso, e vão construir a família que eles não tiveram. Eu sei. Eu só sei. Não sei como ou quando, mas eles são good-parents-material, sabe? Ainda que se questionem, eles são soda limonada com xarope de framboesa.

Agora essa sonho parece quebrado ou estilhaçado, mas confiem: Ele será real. E vocês dois merecem ser felizes. Vocês todos são valiosos.

Enquanto esse meu amigo me falava, eu ouvi uma história de muita dor. Um dos melhores amigos da minha sobrinha, 10 anos, salvo engano, luta há 5 anos contra câncer. E foi vencendo todas as etapas. Ano passado, ele, filho único, perdeu o pai. Ataque cardíaco, fulminante. Ele continuou lutando, mas agora os médicos estão desacreditados. E, nesse momento, ele precisa de um milagre, de muita oração, de muita energia positiva. 

São histórias tão tristes e dolorosas, de pessoas que não merecem perder tudo.

Peço orações, fé, correntes positivas.