Não, meu nome não é Clara. Também não é Clair. Não importa meu nome. Sou Maria. Sou Letícia. Sou Juliana. Sou Viviane. Meu nome é todo mundo.
Não vou dizer o que faço da vida, onde moro e quantos anos eu tenho. Isso não importa ao leitor por enquanto.
Comecei a escrever este blog porque tenho um problema. E isso não é novidade. Gente feliz não faz blog. Gente feliz vive. Então, bem, eu tenho um problema e eu preciso de ajuda.
Mas antes de pedir ajuda, eu quero me ajudar.
Eu tenho tendência a pensar de forma depressiva. Eu não tenho motivos para ficar mal, mas eu fico. Sou uma pessoa normal, com uma vida normal, mas às vezes tenho dificuldade de sair de casa ou de comer. Ultimamente, ando insatisfeita comigo mesma. Engordei dez quilos em um ano. Sinto que minha vida estagnou. E sou perfeccionista. Eu sofro tentando ser perfeita, e quando não consigo o que eu considero bom, eu me deprecio. Então, eu sei que preciso de ajuda.
Mas reconhecer que preciso de ajuda é um passo importante. Eu ainda não quero ir a um médico, porque eu não gosto de ir a médicos. Tenho medo. Tenho pânico. Só vou sob necessidade.
Como entendo que depressão possui várias causas, resolvi lutar com as armas que possuo antes de recorrer a médicos e remédios. Eu sei que posso vencer isso.
Esta é minha jornada. Meu nome não importa. Não estou dizendo que não devemos ir a médicos. Não estou fazendo apologia a automedicação ou a negligência. Só estou dizendo que eu quero achar de novo essa tal força de vontade para superar isso.
O cérebro, nosso corpo como um todo, funciona a base de algumas substancias químicas. A deficiência em alguma(s) dela(s) pode nos levar a quadros assim...
O primeiro passo que escolhi foi justamente tirar se mim todo peso desnecessários que carrego. Isso significa voltar a uma vida mais básica, para que eu volte a me sentir no controle da situação. Diminuir um pouco o ritmo para voltar a dominar o básico antes de puxar mais extras.
Um passo para trás para poder dar dois para a frente.
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