Por exemplo, eu não consigo dorme agora, mesmo exausta. Minha cama é bem mais confortável que a cama de um hotel onde passei meus recentes dias de ferias. Tenho meus travesseiros e lá fora chove levemente trazendo um pouco de frescor. Mas minha mente não desliga.
Penso e repenso minhas escolhas e minhas metas que nunca são atingidas.
Não é somente a distância do meu marido que me desanima. O jeito como minha vida está também me perturba. São tantas coisas as quais não gerencio, são tantos pensamentos que me assombram... Que eu acabo rolando na cama, insone.
Penso no meu trabalho e na maneira como estou me sentindo insatisfeita dentro do atual cenário. Penso em como me irrita o desgaste do longo trajeto. Penso em como as coisas eram há menos de um ano atrás. Eu era mais atarefada, mas mais feliz, porque não tinha tanto tempo para pensar.
Meus olhos ardem e lutam. Pesam, querem fechar, mas minha inquietude me obriga a abri-los.
É difícil relaxar em casa.
É difícil deixar fluir as coisas.
Saber que minha vida não é ainda absurdamente complexa e não conseguir dar conta me faz pensar se algum dia terei estrutura para ter um filho.
Só que essa ansiedade desnecessária não me ajuda, não me leva a lugar algum.
Queria conseguir desplugar um pouco, sair de órbita. Queria conseguir me desligar do mundo, desconectar meus próprios pensamentos. Queria me desprender de mim.
Vamos lá. Meditar um pouco talvez ajude. Voltar a orar talvez me leve de volta a um status mais simples.
Vamos lá.
Boa noite para quem fica.
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