Confesso que achei que ia chegar mega tarde no trabalho por conta de ter ficado acordada até às três da manhã quase. Foi por um excelente motivo: noite de pizza na casa do casal R & T (seguindo a "ordem natural das coisas" - piada interna do meu casamento).
Como sempre, é muito legal ter amigos de longa data em quem confiamos e que amamos muito, né?
Enquanto eu pensava nisso, acabei me recordando de uma ideia para minha lista de 101 metas. A T, como eu, nunca conseguiu achar 101 metas e por isso nossas listas sempre ficaram incompletas. Daí eu expliquei que estou organizando por tema, e que isso tem me ajudado bastante. Além disso, estou incluindo coisas que deveriam ser hábitos (como cuidados médicos e atividade física regular), porque, por mais que saibamos da importância disso, nunca somos disciplinados para realmente fazer. Sempre procrastinamos...
Pelo menos, é isso que acontece comigo.
Hoje à noite, preciso tentar arrumar um pouco a casa após voltar do trabalho. Marido chega amanhã e queria que, ao menos, ele encontrasse uma cama livre. Kkkk. Estou mega desleixada, que horror...
Andando na via expressa onde costumava passar sempre quando dirigia em direção ao trabalho, acabo de me dar conta de como o tempo passou. Assim que mudei de emprego, há dois anos e quatro meses, havia uma ponte que ainda estava sendo construída. Hoje me deu conta desta lembrança.
A gente se acostuma com as mudanças e rapidamente esquecemos de como as coisas eram antigamente. Às vezes é preciso pensar e forçar a memória. É um exercício que faz bem, embora às vezes seja assustador.
No ônibus, um casal de crianças canta "Noite feliz". A menina é a mais velha e deve haver uma diferença de três a quatro anos para o rapazinho. Uma fofura.
Ter trinta anos é soda. Seu metabolismo baixa drasticamente, seu corpo se transforma para a função natural da mulher, um bichinho safado planta idéias de maternidade na nossa cabeça. Há bebês por toda a parte. Muitos bebês. Eles sempre estiveram lá, mas somente agora você passa a reparar.
Soda.
Mas ainda estou muito longe de estar pronta para esse passo. Estamos longe, meu marido e eu.
Ultimamente as lembranças de meu pai têm estado muito presentes. E ando muito emotiva, sempre ficando com os olhos molhados ao me recordar. Eu sinto muita saudade dele, muita.
E também vem uma sensação incômoda comigo mesmo. Uma raiva de mim por não ter aproveitado mais o seu convívio. Eu tinha vergonha de minha imperfeição e de minhas infantilidades, e, por isso, eu nunca soube pedir um conselho ou conversar seriamente sobre algo. Eu queria muito ter a chance de conversar com ele, de falar de verdade, de praticar um idioma estrangeiro no qual ele era fluente... Acho que isso sempre vai doer um pouco dentro de mim.
Falar sobre isso é difícil. Falar sobre trivialidades não é...
Já é Natal na Leader Magazine. Ontem ainda aproveitei para escrever um pouco mais dos cartões. Cheguei a 18 finalizados. E subindo.
Hoje preciso sem falta encomendar as fotos que estão faltando. E é isso.
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