sábado, 30 de março de 2024

intoxicação 2.0

Intoxicação pelo almoço de hj q eu fiz.
A culpa é minha.
Estamos empolados, quentes. Eu com piriri coando café já. Marido ainda precisando soltar.
Pedi mais enterogermina na farmácia e seguimos

domingo, 24 de março de 2024

sábado, 23 de março de 2024

10 fatos sobre mim - 8 verdades e 2 mentiras

Adoro essas trendings, ainda que antigas e revisitadas, então resolvi postar aqui porque seria inapropriado colocar no meu Instagram de verdade.

1. Tenho pânico de altura, de água (piscina/praia), de zumbis, de dois caras numa moto e de ambulantes em vias expressas.
2. Adoro perfumes e águas de perfume adocicadas e marcantes. Meus favoritos são o Angel de Thierry Mugler e o Chloé.
3. Minha cor favorita já foi amarelo.
4. Não sei o que realmente quero fazer da vida.
5. Estou sempre atrasada e minha maior dificuldade é sair de casa.
6. Meu café da manhã dos sonhos inclui um café amargo ou latte sem açúcar e com um leve toque de menta, ovos, uma fatia de melão e uma vitamina de frutas.
7. Sinto muito sono ao dirigir, então preciso ouvir música ou conversar. Às vezes, canto balançando a cabeça. Quase sempre xingo muito. Sempre com o vidro fechado.
8. Estaciono muito melhor de ré do que de frente.
9. Apesar de conhecer a parábola do filho pródigo, eu só fui entender o que é ser pródigo depois que cursei Civil 1, em 2016/2.
10. Um dos meus sonhos de infância era ser a voz do Galeão.

E aí? O que é verdade e o que é mentira?

quinta-feira, 21 de março de 2024

What do I know?

Hoje de manhã, senti muita vontade de escrever - e tinha a ideia de fazê-lo ao chegar ao trabalho. Mas, não, o Google não me autorizou a acessar minha própria conta para atualizar meu próprio blog sem que eu estivesse com meu telefone por perto (a audácia!). E, assim, o pensamento se perdeu.
Não era mentira.
Ou melhor, era. Mas era uma incoerência bem no estilo do poeta fingidor, que finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente.
O ano foi 1998. Meu primeiro contato com Pessoa foi na primeira VC de Literatura. Assim, direto na prova, de uma matéria que eu já amava, com uma professora que eu amava mais ainda, mas, por ironia do destino (e por total falta de imaturidade), em cuja primeira VI dos meus áureos tempos de Colégio não havia me saído bem. Uma nota 4. Nunca havia tirado menos do que 5,8 na minha vida até então, e, de repente, aquele 4. A audácia daquele 4 me incomodou por muito tempo, mas Física me fez acostumar-me com avaliações ruins.
Pois bem, foi na primeira VC de Literatura que o encontrei. E, confesso, naquela primeira troca de versos com Fernando, descobri minha identidade. Uma mentirosa nata que traduzia textos sofridos com a tristeza falsificada que mascarava a dor que ninguém via escondida. Pessoa me acolheu como ninguém havia feito. E, aparentemente, minha professora se encantou com minha resposta a ponto de tê-la lido em todas as suas turmas, inclusive na turma daquele que viria a causar a primeira grande dor escondida num poema perdido. Mas isso é prosa para outro momento.
Assim como o Nando, o Beto, o Rick e o Alvinho, fragmentei-me em pedacinhos compactos, obviamente desprovidos do talento da minha fonte de inspiração. Assim como o Nando, continuei e continuo sentindo a dor que finjo sentir.

Dito isso, acho que posso começar a rascunhar o pensamento que pousou na consciência nesta manhã. 

Marina olhou para o álbum de fotografias com um sorriso leve no canto dos lábios. Havia naquela pesada resma um sentimento leve que destoava dos grilhões que muitas vezes acorrentavam suas memórias. Pegou uma caneta e decidiu escrever a frase que brotou ao pé de seu ouvido: todo mundo merece um amor fofo que lhe faça bem.
Os romances da infância sempre traziam um cavaleiro predestinado a salvar as donzelas de suas próprias maldições. Príncipes que as beijariam sem consentimento e as levariam para uma vida de rainha, sem nunca terem trocado uma palavra. Era para ser.
Talvez por buscar uma paixão idealizada e sem sentido, a bússola do coração de Marina sempre apontou para caçambas de entulho, em vez de pessoas de verdade. E talvez por isso Marina nunca havia se dado valor até o dia em que conheceu seu amor fofo.
O primeiro amor fofo dificilmente será recíproco e, ainda mais raramente, será para sempre. No entanto, eterno é o bem que traz apaixonar-se por alguém que vale a pena amar.
Todo mundo merece um amor fofo que lhe faça bem, que lhe complete sem o(a) concluir.
Aquele rapaz escondido dentre tantos outros rostos da foto era seu amor fofo, e talvez ele nunca viesse a saber disso, ou talvez até desconfiasse, ou porventura até tivesse certeza, mas como ser fofo que era, nunca dividiu com ela suas desconfianças.
Lembrou-se das tardes de conversas aleatórias, matemáticas em prosa e poemas biológicos, em meio a cifras de uma melodia que não era tocada em nenhum violão. Naquela época, Marina era versos com algum ritmo e muitas silepses.
Hoje Marina sorri quase verborrágica enquanto revive os enigmas que achava deixar no ar. Lembrou-se então dos toques de dedos, sempre incidentais, mas que a arrepiavam como se alta corrente atravessasse seu corpo e conduzisse a energia que brotava da diferença de tensões, enquanto as intenções dela eram desintencionadas, porque um amor fofo de verdade é platônico como o amor de irmãos, e muitas vezes só se revelava quando revisitado com o olhar da maturidade.
Aquele sorriso discreto, meio de lado, encabulado, de mãos dadas a outra pessoa - que obviamente não era Marina -, aqueles braços envolventes que aquecia até mesmo a alma gelada de quem não tinha amor próprio, aquela voz engraçada que lhe fazia cócegas nos olhos... tudo naquela pessoa a tornava irremediavelmente fofa.
Sentiu a garganta coçar numa gargalhada boba, como se fosse uma criança de três anos subindo na cama sem permissão.
Esse amor fofo de Marina foi quem a fez entender que ela também tinha valor e que merecia achar alguém que a visse além de olhá-la.
Onde estaria o rapaz de quem não lembrava o nome? Seria ele hoje um pai de família? Teria encontrado seu amor concreto e duradouro? Torcia para que sim, embora nada soubesse daquele que fora tão importante para ela.
Imaginou se já não teriam se esbarrado numa estação de metrô ou num ponto de ônibus, se não teriam trabalhado no mesmo prédio em algum momento... por onde andaria?
Mas não conseguiria encontrá-lo por mais que procurasse, já que seu nome havia se dissipado como as cores desbotadas de uma fotografia que ficara muito tempo exposta ao sol. Torcia então para que ele se lembrasse dela e fosse ao seu encontro, e que ele recordasse que seu nome não era Marina, mas sim Clara.

segunda-feira, 18 de março de 2024

Meu nome não é Clara e eu sou pródiga

Meu nome não é Clara, eu sou pródiga.
Esta é minha primeira transmissão após me assumir publicamente como pródiga, mas a C. já havia assim me chamado (zoando, mas com um fundo de verdade) em razão da minha incontinência financeira.
Eu sou pródiga.
Estou em insolvência (pessoas naturais não falem. Falência é só para pessoas jurídicas).
E eu não sei o que estou fazendo.

Dito isso, conversemos sobre sexta-feira passada, quando fui mediadora de um evento no trabalho sobre investimentos e educação financeira. Mediadora ficta, apenas um corpo presente com discurso parcialmente decorado, sentindo-me completamente fora dos eixos.
Foi um evento sensacional, e uma das frases que mais me marcou era sobre a questão de como a educação financeira é uma excelente herança que podemos deixar para nossos filhos. Meus pais se sacrificaram muito, a ponto de não se permitirem diversões para constituirem seus patrimônios e investirem em nós.
Mas eu vivo uma situação de segurança muito melhor que meus pais e talvez justamente por isso eu seja pródiga. Até consigo me comprometer com metas de curto prazo, mas jamais com o horizonte.
Daí tocou-me muito a questão sobre como é importante o autoconhecimento e o mapeamento dos gastos, sobre como planejar e reservar parcelas... e, no meu caso, sobre como não cair na armadilha de comprar por impulso e presentear por impulso.
E isso também está muito dentro da linha do TDAH que estou buscando investigar, porque sempre leio sobre como uma pessoa com TDAH compra muito por impulso, gasta fortunas com seus hiperfocos que mal se sustentam por um mês e precisam sempre agradar aos outros, sempre comprando presentes e lembranças... Não é que eu deva parar de reparar nas necessidades alheias ou fazer agrados, mas como mapeá-los dentro de um limite saudável.
Hoje entregaram aqui em casa a caixa de ovos de encaixe que vi para filhote, que não gosta de chocolate. Então, a ideia seria espalhar esses ovos que se abrem ao meio e se encaixam como formas geométricas para que filhote se divirta seguindo as pegadas de coelhinhos. O lance é: eu vi, gostei, pesquisei em mais de um lugar, analisei preços, fretes e prazos de entregas até ver a opção que melhor me entenderia. Mas o lance mesmo é que eu não lembro do momento em que comprei. Pois é. Quando dei por mim, entregaram aqui. Mas, sim, eu com certeza comprei, mas foi um processo que minha mente abstraiu completamente.

Pausa porque comecei a postar isso ontem à noite e acabei capotando.

Tanta coisa...

Estava devendo um post aqui, porque deixei tudo muito aberto.

Sobre a viagem

Fomos e foi simplesmente maravilhoso. Eu não tinha ideia de como um banho de sal grosso (diluído na água do mar, hahaha) faria bem para meu coração. Nossa, lavou tudo, limpou tudo e, mesmo tudo meio zoado, deu mais do que certo. A viagem foi ótima e até que pegamos pouco trânsito.

Filhote amou a praia, divertiu-se muito. Brincou com água e muita areia. Com certeza temos areia no ouvido dessa criança agora. Tinha areia até o fiofó. Mas assim é bom, assim é ser criança né?

Desde que voltamos da viagem, toda segunda ele quer voltar à praia.

A mãe também tem sentido vontade e é por isso que nós vamos dar um jeito de repetir essa viagem até o final do ano, evitando as altas temporadas.

Sobre fazer 40 anos

Completei meus quarenta anos com estilo. Minhas amigas que dividiram o nosso querido gab do amor e da gula (e, agora, dos filhos) foram almoçar comigo. E também nesse dia doei sangue e comecei a cumprir um dos itens da minha lista 101/1001 daqui.

O almoço foi incrível e o papo foi melhor ainda. Saudades das minhas meninas do coração. É tão bom ver que, depois de tanto tempo, ainda somos nós, sabe? Nós, mulheres lindas, cheias de vida, profissionais exemplares, agora mães. Mas nós. Sinto muita falta dos nossos almoços, dos nossos papos hilários, das superações dos perrengues (perrengue ninguém gosta né?). Espero que possamos nos ver mais vezes. Também vou mandar esse trechinho daqui pra elas, porque eu amo demais essas gurias.

O almoço ainda rendeu um momento singular que endossou a piada de eu ser um kit festas ambulante. No restaurante, rolava um browniezinho para os aniversariantes - e eu, cujo olho tem proporções escandalosamente impróprias - fiz minha carinha de gato de botas do Shrek, pedindo o mimo. Todos seguiam com aquela vela tipo estrelinha, mas, justamente na minha vez, acabou. Então eu lembrei que na saída do local de doação de sangue, eu havia comprado um par de velas para formar a minha idade, porque, depois que temos filhotes, o bolo e o parabéns deixam de ser nossos e passam a ser totalmente deles, né? E lá se foi um brownie com duas velas formando o número 40, de forma totalmente desproporcional, mas ainda assim perfeito.

Mas, sério, quem anda com um par de velas de aniversário numa microbolsa?

Continuando, na lista de desapegos da nova escola do meu filho, pediram indicação de bolo de aniversário. E foi assim que parei no instagram de uma moça e encontrei O MEU BOLO de aniversário: massa com sabor de limão siciliano, com recheio de limão siciliano e geleia de frutas vermelhas, numa cobertura simples em buttercream. Pois é? Perfeito, não? Encomendei o bolo pequeno e fui ser feliz. Filhote amou cantar parabéns pra mim. E eu fiz o que havia proposto: comemorei meu níver só com um bolinho em casa e chamei umas pizzas para minhas visitas (pessoas que amo demais)

Ainda rolou Mansions of Madness (um bônus)!

Rolou ainda um almoço gostoso no domingo comemorando o aniversário da minha cunhada e meu na minha sogra. E, por fim, semana passada levei um bolinho (caseirinho, mas com cara de chique) no meu irmão, onde encerramos as comemorações de 2024. Sem festas, só aproveitando as melhores companhias do mundo!

Sobre abrir portas para novas oportunidades

Elas apareceram. Só não vou falar nada por aqui porque preciso ainda que elas se concretizem.

Sobre otite e emergência hospitalar de filhote

Tivemos. Mas foi tranquilo.

Mesmo que eu não estivesse tranquila, eu agradeci a Deus por estar ali apenas por uma otite, ao ver o desespero de uma mãe levando uma criança com uma bolsa com cartelas de remédios que a criança (pouco maior que filhote) havia ingerido. Esse é um perrengue que agradeço muito por não passar.

Sobre tentar fazer mais aulas de pilates

Fica infinitamente mais motivante quando temos amigos no mesmo horário, né?

Sobre consertar o carro

O problema era no regulador de pressão da bomba de gasolina.

Sobre educação financeira........... é, isso vai ganhar um post próprio. E vocês entenderão.

Por fim, hoje aproveitei para fazer duas coisas: atualizar o andamento da minha lista 101/1001 em andamento e dar um salto de fé. Veremos o que sai disso.