sábado, 27 de abril de 2024

Sinusite, teletrabalho, dor lombar e saladas

Será que você consegue entender a correlação entre as 4 expressões que resumem meus últimos dias?

Estou muito congestionada. Desde quarta, não consigo manter a cabeça em pé no final do dia. Dói tudo. Até então, doía a garganta num ar condicionado mais forte. Quarta foi quando tampou tudo. E tampou de uma forma que não parecia ter secreção, até ter.

Doía muito a arcada superior, minhas narinas doíam do esforço para respirar (agora o nariz dói de tanto esfolar externamente), os seios da face, o fundo dos olhos.

E hoje de manhã dei um basta. Consegui um encaixe numa otorrino e fui. Maravilhosa ela, por sinal, adorei. Se deu ao trabalho de me explicar o motivo das perguntas, mostrou meu nariz por dentro por câmera (e eu descobri coisas bem legais, como um desvio de septo, que minha ascendência me leva a ter um nariz bem pequeno internamente, e que eu devo monitorar episódios de recorrência de congestão, porque a tendência é perder a umidade com a idade e eu passar a ter problemas respiratórios ao fazer determinados exercícios, por exemplo), conversou, explicou... e me ouviu. Então eu não preciso tomar antibióticos até domingo, somente se eu não melhorar até lá. E só com o corticóide já senti uma diferença imensa. Agora está tudo saindo (até demais) e acho que já perdi uns 300g de secreção - minha cabeça está até mais leve!

Desde sexta, há um burburinho sobre a questão de alterações de portaria de teletrabalho. Basicamente, porque alguns não fazem direito, todo mundo vai ter de pagar e vão aumentar a quantidade de dias presenciais. Para mim, aumentar 1 dia já vai ser bem ruim, mas dá para lidar, mas mais que isso significa conflitar com a agenda do meu marido, que tem dois dias presenciais. E aí, como faz? Como cuidar da cria? Como buscar na escola?

Enfim, é algo que me deixa furiosa.

Eu tento, eu juro que estou tentando muito arrumar a vida. Estou desde 2020 tentando realinhar a vida. Quando consigo caminhar pra um ponto de equilíbrio, alguma coisa desalinha todos os trabalhos e eu volto à estaca zero.

Estou bem cansada, pra falar a verdade.

Mas, sigamos. Não há outro jeito, embora eu queira muito passar um moedor de cana. O jeito que eu vejo é passar a usar o tempo inútil para escrever muito, produzir muito, estudar muito, e me libertar. Projeto limoeiro 2.0, espero que funcione.

Dessa vez.

O ódio é uma força motriz intensa, mas o medo, o pânico, o desespero me tornam indestrutível.

Justo esta semana que botei saladas no cardápio. Ontem fiz uma salada linda com alface, tomate, milho, cenoura e maçã.

E hoje fiz guacamole. Eu podia colocar alface no guacamole. Dei mole.

Tudo isso fez a minha dor lombar ser esquecida. A minha fada madrinha, minha fisioterapeuta do coração, salvou minhas costas!

Mas ainda estou carregando mais peso invisível do que deveria.


terça-feira, 23 de abril de 2024

Mariposas, autismo, TDAH e listas de compras

Hoje eu estava ansiosa porque meu chefe voltou de férias e eu precisava ajeitar as coisas pro retorno.
Mas eu também precisava entrar no eSocial para ver a estimativa do adiantamento de férias da babá do meu filho.
Mas o papo baixo astral em um dos meus grupos do trabalho era sobre a política de engessamento de teletrabalho do meu órgão.
E eu também tinha de cortar couve e lavar e picar repolho para filhote, porque o estoque estava baixo.
Também devia catar feijão, lavar uma parte e deixar de molho para amanhã cedo cozinhar.
Só que ontem a Amazon se adiantou e entregou os kits de organização que comprei para mexer no feriado.
E estou com uma infestação de mariposas destruidoras de comida, que estão se proliferando loucamente e ainda não achei os focos.
Mas então filhote teve uma madrugada difícil porque estava com o nariz muito congestionado, e também vazou a fralda.
E aí como tinha já dois lençóis para lavar e mais um travesseiro, precisava lavar roupa.
E como já ia lavar roupa da criança, aproveitei para lavar as meias compradas no sábado.
Para isso, precisava achar a sacola e cortar as etiquetas.
Só que como dormi muito mal, não consegui ter animo pra levar filhote na pracinha. Marido me ajudou. E eu fui rendê-lo depois de apagar e três sprays de salonpas spray vencido nas costas doloridas.
E depois de seguir o rito da volta com filhote pedindo para ver os números das casas e depois seguindo ao mercadinho, filhote colocou alho, abacate, manga e biscoito da vaquinha de coco na minha cesta.
E eu pensando em voltar ao low carb hoje.
Mas aí chegou em casa direto pro banho e a babá chegou logo depois, com filhote cheirando a erva doce.
Então sentei no computador e descobri que tinha ficado uma pendência pra resolver de sexta. Mandei email para ajeitar, mas como o chefe voltou ao exercício, preciso da anuência dele pra cumprir. E aí esqueci de concluir essa tarefa.
Então abri o eSocial e depois de digitar minha senha, esqueci aberta a aba.
Em outra aba paguei a conta do meu celular, que tá recebendo spam toda hora.
Então fiz outras tarefas do trabalho. Marido botou parte da comida de filhote para cozinhar, mas lembrei que faltava a abóbora. 
Tinha de acabar com o joelho de porco da semana passada e resolvi pegar o final do brócolis bom com o repolho verde para acompanharo joelho e o arroz com lentilhas do árabe. Cozinhei umas batatinhas que esqueci na cadeira.
Deixei os tomates e meu caqui de molho no hidroesteril, usando o meu pote com cesto novo da ou, da compra da Amazon que chegou ontem antes do previsto.
Pausa para dormir.
Acordei.
Não lembro onde estava e estou com preguiça de reler.
Mas aproveitei para ir lavando os potes que chegaram da Amazon também, um kit de 16 potes herméticos com trava de tamanhos variados. Lavei 12. Faltam 4. Limpei alguns tupperwares com coisas vencidas, como aquele whey que venceu em fevereiro, e as avelãs do Natal retrasado. Ainda falta o pote do chocolate em pó misterioso. Comecei a arrumar as coisas. Arranjei um lugar para as passas brancas do bolo do Rafa, coloquei os macarrões de letrinha e conchinha em potes, coloquei o penne verde em outro pote, e gotinhas de chocolate meio amargo da Sicao também... arrumei o açúcar mascavo que estava largado e só falta o pote de vidro secar pra guardar o espaguete. Achei um dos focos das mariposas: um pão de hamburguer de mais de 1 mês atrás. Também achei dois pacotes de batata palha vencidos, pela metade.
Tenho um real problema de as coisas sumirem da minha mente quando somem do meu campo de visão. É assim que a geladeira vira um cemitério de alimentos, alguns já higienizados e prontos para consumo. Pois é.
Desperdício atrás de desperdício.
Filhote almoçou, trabalhamos, consegui tirar as últimas rapas daquele joelho. Arrumei alguns defuntos da geladeira. Tirei a gaveta, limpei o caldinho fedorento de verduras que haviam virado água.
Tenho a impressão de que tive covid de novo em algum ponto de 2023. Somente isso explicaria meu péssimo olfato desde o ano passado. Mas pelo menos ainda sinto cheiro de urina e de fezes para trocar rápido as fraldas de filhote.
Enquanto a babá de filhote almoçava, brinquei com a criança. Tenho tentado fazer brincadeiras novas que o levem a ser criativo, a interagir com os brinquedos de uma maneira mais lúdica, que foi uma das coisas que a neuropediatra apontou na consulta que fizemos semana passada. Eu não havia reparado nisso, mas realmente filhote leva os brinquedos em grande literalidade. Brinquei de desenhar e pedi para ele contar histórias sobre os desenhos. Em determinado ponto, desenhei uma escada e perguntei: onde vai dar essa escada? Para cima. Excelente resposta literal.
Tenho pensado mais nesse tipo de dinâmica e tentado diversificar as brincadeiras. Escondo gatos de feltro pelo quarto e ele precisa achar e pedir ajuda a outros bonecos, como um palhaço ou um dragão, mas como conversa mesmo. Vamos ver.
Semana que vem vou começar a ligar para as profissionais indicadas para seguir nas psicoterapias.
Mais complicado é fazer isso em explicar aos outros, porque as pessoas ao redor não entendem ou vão fazer tempestade em copo d'água, ou vão se informar em vídeos sensacionalistas de Youtube... então para todos os fins, só digo que fomos a neuropediatra para ver os episódios de terror noturno de filhote.
Minutei uma portaria, ajustei alguns prazos de procedimento, e agora lembrei que preciso baixar de novo os processos disponibilizados para concluir aquele procedimento... ok. Trabalho. Não posso esquecer.
Fiz um bolo mesclado de verdade para o lanche da casa. Eu tenho pinimba com bolos mesclados, já mencionei aqui antes né?
Ficou bom.
Querem receita?
Depois almocei. É, um problema meu é que eu faço a comida de todos, mas quando termino, já fiquei tanto tempo afastada do trabalho que não como. Então almoço às 19:30.
Pois é.
O café que fiz tava uma delícia!
Hmmm... cansei. Mas não parei. Mamãe visitou (chamei pra comer bolo), filhote dormiu, lavei mais coisa, arrumei mais armário, joguei mais coisa vencida fora, seguimos.
Marido dormiu.
Fiquei fazendo lista de compras e agendando entregas de acordo com a disponibilidade da casa. Não posso esquecer do pavê de sexta-feira. Não posso.
Encomendei coisas.
Fui deitar. Não consegui dormir. Pensamentos não paravam. Comecei a digitar aqui e apaguei. Depois acordei com coceira. Tirei a roupa. Continuei com aquela coceira no meio das costas que ninguém alcança. Esqueci meus travesseiros no quarto de filhote.
Cobri minhas costas porque sempre sinto frio nas costas e acordo com dor.
Minha garganta tá um pouco melhor, arranhando menos.
Segue o baile.

sexta-feira, 19 de abril de 2024

Revolução Solar - 2024 e 2025

Resolvi fazer a minha revolução solar deste ano, para saber com o que estou lidando. Utilizo o site Personare para isso.

Essas são algumas das pérolas:

Você provavelmente sentirá um impulso positivo, uma fé norteadora que lhe impelirá a desbravar novas paisagens. Isto pode sugerir tanto viagens físicas quanto viagens da mente. O que importa é que, nestes próximos doze meses, a rotina se esfacelará, dando lugar a uma realidade mais colorida - vertiginosa, talvez - e ativa, em que as coisas acontecem.

Ok, posso lidar com isso.

Todavia, Clara, vale destacar aqui a necessidade de ir em busca de metas viáveis. Em anos sagitarianos, não é incomum que nos lancemos na direção de objetivos altos demais, ou até mesmo irrealistas.

Ouch.

Como este é um ano do Fogo, a prática de esportes é recomendada para que possa extravasar o excesso de energia vital. Seus próximos meses serão dinâmicos, e você provavelmente irá muito além das metas originalmente estabelecidas. Atente-se apenas para a necessidade de estabelecer limites, pois, em anos sagitarianos, corre-se o risco de passar do ponto de chegada. Isso, longe de ser algo bom, pode ser altamente perturbador, e dá às pessoas a sensação de que não podem confiar inteiramente em você.

Meowch.

Com o Sol anual na Casa 4, Clara, o seu processo de despertar da consciência envolve um mergulho profundo de alma, um excepcional ano para trabalho de análise e terapias, pois você se perceberá com sentimentos e anseios mais profundos do que o geral. Sentirá uma necessidade de afirmar-se em seu ambiente familiar, e de descobrir mais a respeito de si por intermédio do conhecimento de suas raízes.

Hmm...

É possível que sua alma neste ano seja tomada por um certo sentimento de frustração, uma certa sensação de "desvantagem" diante das outras pessoas. Você, Clara, neste ano simplesmente não consegue deixar de ver suas próprias falhas e limites, e na comparação sempre parece que está perdendo.  (...) A frustração tem seu lado bom: fará com que você se mova. Você finalmente fará alguma coisa a respeito das coisas que lhe incomodam. E, curiosamente, se se empenhar direito certamente chegará ao sucesso dentro daquilo que almeja - um sucesso suado e, por isso mesmo, muito mais válido. 

Ok, sofrer, mas conseguir.

Eu diria que o mais importante para este ano é que você cesse de estabelecer culpas e culpados - coisa que pode estar fazendo muitas vezes sem sequer perceber -, rompendo com o círculo de maniqueísmo vicioso ao qual se acostumou e que não serve para coisa alguma. Neste ano você finalmente aprende que é você, e tão somente você, quem atrasa seu próprio destino. E, por ironia, é justamente nestes próximos doze meses que você terá maior potencialidade de compreender o quanto o sucesso - em todas as suas acepções, que vão do dinheiro ao sentimento de felicidade - sempre esteve na ponta do seu nariz, esperando para ser abraçado.

Partiu escrever os livros kkkkkk.

Este é um ano que podemos chamar de "intensivo de amadurecimento" - é como se você vivesse uns três anos em apenas um! Pode ser um processo duro, sobretudo se você resistir à necessidade do amadurecimento, mas será necessário.

Chicote estala.

Você perceberá um aumento da sua habilidade para a conversação. Se outros pontos do mapa favorecerem, Clara, você poderá ser uma pessoa muito bem sucedida em qualquer atividade que exija o uso da comunicação e a relação com as pessoas. Seu espírito estará mais jovial, leve.

Será-se?

Cuidado com gente fútil, interesseira e fofoqueira. Olho aberto, Clara!

Hmmm... eu sou tapada.

Você, Clara, poderá muitas vezes ter a sensação de que sua privacidade foi invadida, ou mesmo não ter, de fato, seu espaço respeitado. Seja uma sensação ou um fato, o interessante de se observar é que a própria pessoa inicialmente abriu-se a tal "invasão". O lado-Lua diz: "Apareça aqui, venha quando quiser, pode usar, o que é meu é seu!"; então, subitamente, surge o lado-Marte irritadíssimo, bradando: "Não invada meu espaço, você está abusando de mim, tenha senso de limites, fora daqui!". Isso pode gerar confusão às pessoas ao seu redor.

O maior problema, todavia, não é esta irritação, mas o fato de você, Clara, estar transmitindo uma mensagem dúbia. Primeiramente parece ser condescendente, de personalidade aberta e disponível. Logo depois, vai para o polo oposto de irritação, porque acha que sua natureza foi "ocupada".

Ok, isso é do meu mapa da vida mesmo, não é só de 2024.

Em muitos casos, Clara, há uma tendência ao exagero alimentar, de gastos e outras formas de excessos, que podem prejudicar a vida financeira do indivíduo - ou mesmo levando a pessoa a engordar nestes meses vindouros. A consciência disso, todavia, pode melhorar a tendência.

Ok, vamos continuar gorda e pródiga. Mas, estou consciente da parte pródiga. Então, vamos tentar melhorar.

Urano dá uma qualidade elétrica ao seu campo emocional, Clara - por um lado, se as emoções são intensas e poderosas, por outro elas somem tão rapidamente quanto vieram. O comportamento emocional e social tende a ser instável, com constantes oscilações de humor. Neste ano você pode se dar a explosões súbitas. Há uma tendência a rompantes de temperamento. Você muitas vezes produzirá "faíscas", como se sua aura estivesse sempre nublada, soltando raios aqui e ali.

Tô repamgalejando.

Num sentido não tão positivo, cuidado com pequenos incidentes envolvendo meios de transporte em decorrência de pressa e impaciência, assim como brigas com parentes próximos e colegas de trabalho e faculdade por conta de uma certa "competição de quem está certo".

Não dirigir como eu dirijo normalmente (anotado!). Hm, não competir para ter razão (Ok!).

Com Saturno na Casa 4 de seu mapa de aniversário, Clara, é bastante provável que você venha a ter que enfrentar algumas situações difíceis em seu ambiente familiar. Algum sentimento de tristeza pode marcar a casa e sua presença será mais necessária do que nunca. A vida exigirá que você cuide mais de sua casa e de sua família este ano - e você o fará, mas não sem alguma chateação e sensação de esforço.

... Minha família é sempre meu calcanhar de Aquiles. Devo continuar?

Neste ano, Júpiter ativa o sexto setor do seu mapa de aniversário, sugerindo uma excelente oportunidade para você melhorar a sua relação com seu corpo, sua saúde, e também um bom momento para organizar melhor seu cotidiano, suas contas, suas questões rotineiras.

Hahahahaha (eu não quero mais obras)

E, por fim, uma vez que Mercúrio e Júpiter mantêm boa comunicação astral este ano, Clara, eu diria que você certamente irá fazer boas viagens e até mesmo se dedicar a algum tipo de curso ou estudo que lhe será de grande valia este ano!

Então eu devia mesmo ter me inscrito na pós?

Note, entretanto, que tal "ruptura" se dará por livre e espontânea vontade, ou por coação. Se você não caminhar voluntariamente para as devidas reformulações de hábitos de saúde e da sua rotina diária, terminará ficando doente, e a doença será um "choque" pra lhe acordar.

Meowch 3.

Mas há aqui o sentimento da necessidade de recolhimento, de cultivar uma vida familiar, de perceber a importância da harmonia doméstica.

Harmonia doméstica e doença não combinam.

De fato, muitas pessoas com esta posição plutoniana vivem situações de extremos em suas vidas materiais, podendo passar de situações de alta opulência para situações muito dificultosas, e vice-versa. De alguma forma, a vida estará lhe cobrando uma mudança radical de postura na sua forma de lidar com dinheiro, este ano. Atenção, portanto, para as oportunidades de mudança!

Ok ok, eu já entendi que sou pródiga.


terça-feira, 16 de abril de 2024

Terapia

Olá, meus caros leitores não-leitores de uma autora não-autora aleatória!

Hoje estou feliz. Depois de alguma turbulência, estou feliz. Estou mais em paz.

Amanhã será um grande dia. Teremos a entrega da minha dignidade acadêmica pela minha segunda graduação (e eu, por pouco, esqueci disso hahaha).

Estou horrorosa, fisicamente, e me entupindo com culpa de um Trakinas de Morango depois de um biscoito da vaquinha coberto com chocolate. Mas, hoje não é sobre meus quase 90kg. Amanhã pode voltar a ser sobre isso.

Hoje é sobre um pouco de alívio. Fomos à clínica geral e a probabilidade maior é que a massa encontrada seja apenas um cisto. Vamos fazer a ressonância completa, até para não ficar de olho só no órgão específico, e seguir.

Nestes últimos sete dias, eu senti muito medo. Sim, a Clara tem razão, eu sou uma pessoa muito muito medrosa. E me sinto culpada por tudo. Mas, enfim, vamos seguir em frente.

Meu último mês foi muito conturbado. Emocionalmente foi e continua sendo desgastante, porque ainda há coisas que precisam ser enfrentadas e ainda não foram (leia: vazamento de algum apartamento de cima). Na Páscoa, eu surtei. Fiquei muito mal. E nesse meu último episódio, meu marido me implorou para que eu procurasse ajuda.

E agora eu tenho uma terapeuta para chamar de minha. Não sei se vou conseguir evoluir, mas confesso que me ajuda ter alguém para falar sem me sentir um estorvo. Não costumo me abrir muito porque sempre me sinto um peso. Então, talvez, fato, ter alguém que profissionalmente faça isso... talvez isso me faça me sentir um pouco menos estorvo e ter coragem de trabalhar alguns sentimentos impossíveis de lidar.

Sexta será a segunda consulta de verdade. Sexta também finalmente é a consulta da neuropediatra de filhote. E agora faltam pouco mais de 20 dias para a consulta com a psiquiatra também.

Eu quero finalmente me entender. Não é que eu queira me colocar numa caixa apenas para ter um rótulo. Eu quero me entender, entender as lacunas que ninguém entende, sabe? Talvez com isso eu consiga também passar a me perdoar mais. Perdoar-me por ser estranha, não me sentir mal por ficar completamente esgotada com quase todas as interações sociais. Não me achar esquisita porque minha linha de raciocínio é tortíssima. Hmmmmmmmm... torta de limão ou de avelã com chocolate? Maluco, já pensou numa torta com um creme neutro e uma ganache de chocolate mentolado por cima? Não não não não... um creme de cappuccino com uma ganache de chocolate amargo e mentolado por cima? Fruta que caiu, isso deve ser do andar de baixo!!!! Ok. Torta.

Eu nunca gostei da ideia de normalidade. Normal pra mim é sem graça. Quando mais nova, eu adotava uma postura de ser extravagante porque quem gostasse realmente de mim ia andar comigo mesmo eu sendo... aleatória? Mas, isso era um pouco de uma facade. ... Hmmm, acho que isso é papo pra outro momento.

Estou escrevendo aqui porque ando muito sumida. E peço desculpas porque eu JURO que pensei em escrever, mas também estou ultra mega sem tempo. Preciso também organizar os pensamentos. Na verdade, eu postei uns dois posts aqui que não estão disponíveis: um porque reverti em rascunho porque era MUITO pessoal, mas eu precisava desabafar; outro porque o blogger perdeu tudo o que digitei.

Que seja... Semana que vem eu vou fazer um pavê de pêssego.

Amanhã eu recebo meu diploma bonitinho.

Ah, em maio eu começo uma pós.

Eu havia mencionado que eu queria fazer uma pós? Não. Eu havia colocado nas minhas 101/1001 metas uma pós? Não. Eu resolvi tirar do orifício anal e me inscrever numa pós do trabalho? Sim. Yey!

Lá vamos nós.

sábado, 30 de março de 2024

intoxicação 2.0

Intoxicação pelo almoço de hj q eu fiz.
A culpa é minha.
Estamos empolados, quentes. Eu com piriri coando café já. Marido ainda precisando soltar.
Pedi mais enterogermina na farmácia e seguimos

domingo, 24 de março de 2024

sábado, 23 de março de 2024

10 fatos sobre mim - 8 verdades e 2 mentiras

Adoro essas trendings, ainda que antigas e revisitadas, então resolvi postar aqui porque seria inapropriado colocar no meu Instagram de verdade.

1. Tenho pânico de altura, de água (piscina/praia), de zumbis, de dois caras numa moto e de ambulantes em vias expressas.
2. Adoro perfumes e águas de perfume adocicadas e marcantes. Meus favoritos são o Angel de Thierry Mugler e o Chloé.
3. Minha cor favorita já foi amarelo.
4. Não sei o que realmente quero fazer da vida.
5. Estou sempre atrasada e minha maior dificuldade é sair de casa.
6. Meu café da manhã dos sonhos inclui um café amargo ou latte sem açúcar e com um leve toque de menta, ovos, uma fatia de melão e uma vitamina de frutas.
7. Sinto muito sono ao dirigir, então preciso ouvir música ou conversar. Às vezes, canto balançando a cabeça. Quase sempre xingo muito. Sempre com o vidro fechado.
8. Estaciono muito melhor de ré do que de frente.
9. Apesar de conhecer a parábola do filho pródigo, eu só fui entender o que é ser pródigo depois que cursei Civil 1, em 2016/2.
10. Um dos meus sonhos de infância era ser a voz do Galeão.

E aí? O que é verdade e o que é mentira?

quinta-feira, 21 de março de 2024

What do I know?

Hoje de manhã, senti muita vontade de escrever - e tinha a ideia de fazê-lo ao chegar ao trabalho. Mas, não, o Google não me autorizou a acessar minha própria conta para atualizar meu próprio blog sem que eu estivesse com meu telefone por perto (a audácia!). E, assim, o pensamento se perdeu.
Não era mentira.
Ou melhor, era. Mas era uma incoerência bem no estilo do poeta fingidor, que finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente.
O ano foi 1998. Meu primeiro contato com Pessoa foi na primeira VC de Literatura. Assim, direto na prova, de uma matéria que eu já amava, com uma professora que eu amava mais ainda, mas, por ironia do destino (e por total falta de imaturidade), em cuja primeira VI dos meus áureos tempos de Colégio não havia me saído bem. Uma nota 4. Nunca havia tirado menos do que 5,8 na minha vida até então, e, de repente, aquele 4. A audácia daquele 4 me incomodou por muito tempo, mas Física me fez acostumar-me com avaliações ruins.
Pois bem, foi na primeira VC de Literatura que o encontrei. E, confesso, naquela primeira troca de versos com Fernando, descobri minha identidade. Uma mentirosa nata que traduzia textos sofridos com a tristeza falsificada que mascarava a dor que ninguém via escondida. Pessoa me acolheu como ninguém havia feito. E, aparentemente, minha professora se encantou com minha resposta a ponto de tê-la lido em todas as suas turmas, inclusive na turma daquele que viria a causar a primeira grande dor escondida num poema perdido. Mas isso é prosa para outro momento.
Assim como o Nando, o Beto, o Rick e o Alvinho, fragmentei-me em pedacinhos compactos, obviamente desprovidos do talento da minha fonte de inspiração. Assim como o Nando, continuei e continuo sentindo a dor que finjo sentir.

Dito isso, acho que posso começar a rascunhar o pensamento que pousou na consciência nesta manhã. 

Marina olhou para o álbum de fotografias com um sorriso leve no canto dos lábios. Havia naquela pesada resma um sentimento leve que destoava dos grilhões que muitas vezes acorrentavam suas memórias. Pegou uma caneta e decidiu escrever a frase que brotou ao pé de seu ouvido: todo mundo merece um amor fofo que lhe faça bem.
Os romances da infância sempre traziam um cavaleiro predestinado a salvar as donzelas de suas próprias maldições. Príncipes que as beijariam sem consentimento e as levariam para uma vida de rainha, sem nunca terem trocado uma palavra. Era para ser.
Talvez por buscar uma paixão idealizada e sem sentido, a bússola do coração de Marina sempre apontou para caçambas de entulho, em vez de pessoas de verdade. E talvez por isso Marina nunca havia se dado valor até o dia em que conheceu seu amor fofo.
O primeiro amor fofo dificilmente será recíproco e, ainda mais raramente, será para sempre. No entanto, eterno é o bem que traz apaixonar-se por alguém que vale a pena amar.
Todo mundo merece um amor fofo que lhe faça bem, que lhe complete sem o(a) concluir.
Aquele rapaz escondido dentre tantos outros rostos da foto era seu amor fofo, e talvez ele nunca viesse a saber disso, ou talvez até desconfiasse, ou porventura até tivesse certeza, mas como ser fofo que era, nunca dividiu com ela suas desconfianças.
Lembrou-se das tardes de conversas aleatórias, matemáticas em prosa e poemas biológicos, em meio a cifras de uma melodia que não era tocada em nenhum violão. Naquela época, Marina era versos com algum ritmo e muitas silepses.
Hoje Marina sorri quase verborrágica enquanto revive os enigmas que achava deixar no ar. Lembrou-se então dos toques de dedos, sempre incidentais, mas que a arrepiavam como se alta corrente atravessasse seu corpo e conduzisse a energia que brotava da diferença de tensões, enquanto as intenções dela eram desintencionadas, porque um amor fofo de verdade é platônico como o amor de irmãos, e muitas vezes só se revelava quando revisitado com o olhar da maturidade.
Aquele sorriso discreto, meio de lado, encabulado, de mãos dadas a outra pessoa - que obviamente não era Marina -, aqueles braços envolventes que aquecia até mesmo a alma gelada de quem não tinha amor próprio, aquela voz engraçada que lhe fazia cócegas nos olhos... tudo naquela pessoa a tornava irremediavelmente fofa.
Sentiu a garganta coçar numa gargalhada boba, como se fosse uma criança de três anos subindo na cama sem permissão.
Esse amor fofo de Marina foi quem a fez entender que ela também tinha valor e que merecia achar alguém que a visse além de olhá-la.
Onde estaria o rapaz de quem não lembrava o nome? Seria ele hoje um pai de família? Teria encontrado seu amor concreto e duradouro? Torcia para que sim, embora nada soubesse daquele que fora tão importante para ela.
Imaginou se já não teriam se esbarrado numa estação de metrô ou num ponto de ônibus, se não teriam trabalhado no mesmo prédio em algum momento... por onde andaria?
Mas não conseguiria encontrá-lo por mais que procurasse, já que seu nome havia se dissipado como as cores desbotadas de uma fotografia que ficara muito tempo exposta ao sol. Torcia então para que ele se lembrasse dela e fosse ao seu encontro, e que ele recordasse que seu nome não era Marina, mas sim Clara.

segunda-feira, 18 de março de 2024

Meu nome não é Clara e eu sou pródiga

Meu nome não é Clara, eu sou pródiga.
Esta é minha primeira transmissão após me assumir publicamente como pródiga, mas a C. já havia assim me chamado (zoando, mas com um fundo de verdade) em razão da minha incontinência financeira.
Eu sou pródiga.
Estou em insolvência (pessoas naturais não falem. Falência é só para pessoas jurídicas).
E eu não sei o que estou fazendo.

Dito isso, conversemos sobre sexta-feira passada, quando fui mediadora de um evento no trabalho sobre investimentos e educação financeira. Mediadora ficta, apenas um corpo presente com discurso parcialmente decorado, sentindo-me completamente fora dos eixos.
Foi um evento sensacional, e uma das frases que mais me marcou era sobre a questão de como a educação financeira é uma excelente herança que podemos deixar para nossos filhos. Meus pais se sacrificaram muito, a ponto de não se permitirem diversões para constituirem seus patrimônios e investirem em nós.
Mas eu vivo uma situação de segurança muito melhor que meus pais e talvez justamente por isso eu seja pródiga. Até consigo me comprometer com metas de curto prazo, mas jamais com o horizonte.
Daí tocou-me muito a questão sobre como é importante o autoconhecimento e o mapeamento dos gastos, sobre como planejar e reservar parcelas... e, no meu caso, sobre como não cair na armadilha de comprar por impulso e presentear por impulso.
E isso também está muito dentro da linha do TDAH que estou buscando investigar, porque sempre leio sobre como uma pessoa com TDAH compra muito por impulso, gasta fortunas com seus hiperfocos que mal se sustentam por um mês e precisam sempre agradar aos outros, sempre comprando presentes e lembranças... Não é que eu deva parar de reparar nas necessidades alheias ou fazer agrados, mas como mapeá-los dentro de um limite saudável.
Hoje entregaram aqui em casa a caixa de ovos de encaixe que vi para filhote, que não gosta de chocolate. Então, a ideia seria espalhar esses ovos que se abrem ao meio e se encaixam como formas geométricas para que filhote se divirta seguindo as pegadas de coelhinhos. O lance é: eu vi, gostei, pesquisei em mais de um lugar, analisei preços, fretes e prazos de entregas até ver a opção que melhor me entenderia. Mas o lance mesmo é que eu não lembro do momento em que comprei. Pois é. Quando dei por mim, entregaram aqui. Mas, sim, eu com certeza comprei, mas foi um processo que minha mente abstraiu completamente.

Pausa porque comecei a postar isso ontem à noite e acabei capotando.

Tanta coisa...

Estava devendo um post aqui, porque deixei tudo muito aberto.

Sobre a viagem

Fomos e foi simplesmente maravilhoso. Eu não tinha ideia de como um banho de sal grosso (diluído na água do mar, hahaha) faria bem para meu coração. Nossa, lavou tudo, limpou tudo e, mesmo tudo meio zoado, deu mais do que certo. A viagem foi ótima e até que pegamos pouco trânsito.

Filhote amou a praia, divertiu-se muito. Brincou com água e muita areia. Com certeza temos areia no ouvido dessa criança agora. Tinha areia até o fiofó. Mas assim é bom, assim é ser criança né?

Desde que voltamos da viagem, toda segunda ele quer voltar à praia.

A mãe também tem sentido vontade e é por isso que nós vamos dar um jeito de repetir essa viagem até o final do ano, evitando as altas temporadas.

Sobre fazer 40 anos

Completei meus quarenta anos com estilo. Minhas amigas que dividiram o nosso querido gab do amor e da gula (e, agora, dos filhos) foram almoçar comigo. E também nesse dia doei sangue e comecei a cumprir um dos itens da minha lista 101/1001 daqui.

O almoço foi incrível e o papo foi melhor ainda. Saudades das minhas meninas do coração. É tão bom ver que, depois de tanto tempo, ainda somos nós, sabe? Nós, mulheres lindas, cheias de vida, profissionais exemplares, agora mães. Mas nós. Sinto muita falta dos nossos almoços, dos nossos papos hilários, das superações dos perrengues (perrengue ninguém gosta né?). Espero que possamos nos ver mais vezes. Também vou mandar esse trechinho daqui pra elas, porque eu amo demais essas gurias.

O almoço ainda rendeu um momento singular que endossou a piada de eu ser um kit festas ambulante. No restaurante, rolava um browniezinho para os aniversariantes - e eu, cujo olho tem proporções escandalosamente impróprias - fiz minha carinha de gato de botas do Shrek, pedindo o mimo. Todos seguiam com aquela vela tipo estrelinha, mas, justamente na minha vez, acabou. Então eu lembrei que na saída do local de doação de sangue, eu havia comprado um par de velas para formar a minha idade, porque, depois que temos filhotes, o bolo e o parabéns deixam de ser nossos e passam a ser totalmente deles, né? E lá se foi um brownie com duas velas formando o número 40, de forma totalmente desproporcional, mas ainda assim perfeito.

Mas, sério, quem anda com um par de velas de aniversário numa microbolsa?

Continuando, na lista de desapegos da nova escola do meu filho, pediram indicação de bolo de aniversário. E foi assim que parei no instagram de uma moça e encontrei O MEU BOLO de aniversário: massa com sabor de limão siciliano, com recheio de limão siciliano e geleia de frutas vermelhas, numa cobertura simples em buttercream. Pois é? Perfeito, não? Encomendei o bolo pequeno e fui ser feliz. Filhote amou cantar parabéns pra mim. E eu fiz o que havia proposto: comemorei meu níver só com um bolinho em casa e chamei umas pizzas para minhas visitas (pessoas que amo demais)

Ainda rolou Mansions of Madness (um bônus)!

Rolou ainda um almoço gostoso no domingo comemorando o aniversário da minha cunhada e meu na minha sogra. E, por fim, semana passada levei um bolinho (caseirinho, mas com cara de chique) no meu irmão, onde encerramos as comemorações de 2024. Sem festas, só aproveitando as melhores companhias do mundo!

Sobre abrir portas para novas oportunidades

Elas apareceram. Só não vou falar nada por aqui porque preciso ainda que elas se concretizem.

Sobre otite e emergência hospitalar de filhote

Tivemos. Mas foi tranquilo.

Mesmo que eu não estivesse tranquila, eu agradeci a Deus por estar ali apenas por uma otite, ao ver o desespero de uma mãe levando uma criança com uma bolsa com cartelas de remédios que a criança (pouco maior que filhote) havia ingerido. Esse é um perrengue que agradeço muito por não passar.

Sobre tentar fazer mais aulas de pilates

Fica infinitamente mais motivante quando temos amigos no mesmo horário, né?

Sobre consertar o carro

O problema era no regulador de pressão da bomba de gasolina.

Sobre educação financeira........... é, isso vai ganhar um post próprio. E vocês entenderão.

Por fim, hoje aproveitei para fazer duas coisas: atualizar o andamento da minha lista 101/1001 em andamento e dar um salto de fé. Veremos o que sai disso.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Viagem

Após a interrupção da programação anterior, vamos aos updates.
Esta semana eu chorei bagarai e não chorei ao mesmo tempo. Eu digo que a melhor coisa do mundo é conseguir chorar. Se você consegue chorar, parabéns. Eu não consigo mais.
Enfim, voltando. Eu me arrependi tanto de arrumar a parede do meu quarto. Eu torcia tanto para que a infiltração fosse somente minha porque aí a gente encarava tudo e resolvia e acabava, e saber que vou depender dos outros já me deixa muito para baixo.
Mas whatever. Merda frita, coloca queijo em cima e come.
Tudo fica melhor com queijo.
Saudades de reuniões regadas a minas temperado...
Whatever
Saudades dos nachos do finado Chef's Play. Saudades do crepe...
Ok...

Não sei mais se vamos viajar hoje ou não. Filhote pegou um resfriado ontem e tá corizando bastante. Fiquei do lado dele acompanhando para ver se tinha febre ou não, mas pelo menos hoje ele está dormindo muuuuito melhor do que ontem. Então, já é um alívio.
Preparamos tudo para a alimentação de Filhote na viagem. Talvez consigamos ir. Talvez não. Se não formos agora, vou querer ir depois.
Para coroar tudo, minha menstruação desceu antes do tempo e ainda veio com cólica. Eu raramente sinto cólicas. Viu? Só a ideia da Clara entrar no mar já desestabiliza o mundo. Já sai reportagem sobre infestação de escorpião em Búzios. Hahaha. São sinais de que não devo ir?
Mas eu preciso de um banho de sal grosso natural!
Enfim, pelo menos os maiôs chegaram.
Tive de sair ontem na emergência pra comprar tinta porque esqueci de comprar. Esqueci também de ver o rejunte. Esqueci também de fazer tanta coisa... mas pelo menos lembrei de levar meu sapato no sapateiro do lado da loja de tinta.
Eu e minhas novelas com sapatos. Não compro mais nada da usaflex.
Filhote tá gemendo. Vou voltar pro quarto. Depois continuo. Espero até lá saber se a viagem se concretizou ou não. 

Você já pensou em viver hoje?

Completando o último post, porque na verdade meu post de ontem ficou incompleto.

Meu post de ontem foi um descarrego.

Às vezes, eu me pergunto muito sobre como seria a minha vida sem mim, sobre como me tirar da equação. Houve alguns momentos em que eu realmente tive vontade de dar cabo. Em 2000, no meu terceiro ano, que acho que foi o primeiro ano realmente ruim para mim - e sem ter ninguém com quem desabafar ou conversar sobre na época. Em 2005, quando estava me aproximando da reta final de uma graduação que odiava e me sentia pior do que o cocô do mosquito que picou o cavalo... se bem que quando eu penso em mosquito hoje, e depois de ter lido uma matéria sobre como os mosquitos são animais muito letais em razão de todas as doenças que transmite (dengue, malária, zika, chikungunya e sabe-se lá mais quais...)... e em 2010. Em 2010, eu me sentia muito muito muito culpada. Entrei numa espiral louca. Revivi as últimas conversas com meu pai, pensando em todas as vezes que eu devia ter prestado mais atenção nele, que eu devia ter sido pró-ativa e perguntado mais... tudo isso enquanto eu via minha mãe tendo os mesmos questionamentos, e eu tentando passar uma imagem fria de que ela não devia pensar nisso, sendo que eu também só pensava nisso... véi, tanta coisa que eu falo pra fora completamente diferente do que eu penso por dentro... quantas vezes eu ñ dirigi torcendo para que houvesse um rompimento da barra de direção e eu vivesse a minha própria Tamburello?! Óbvio que eu queria que fosse sempre por um acidente, por algo externo, porque não queria que ninguém questionasse as coisas que eu estava questionando naquele momento.
Mas, não, eu nunca vou encerrar com a minha própria vida. Isso eu prometi lá atrás quando eu prometi que nunca levaria um problema para minha mãe, depois de ter visto quanta culpa ela carregou por tantos anos sozinha sem precisar. Ela nunca me pediu isso, foi minha escolha. Mas isso fez com que eu entubasse todos os meus sentimentos negativos e lidasse com eles sozinha, ruminando.
Eu tinha um diário da Polianna, somente das coisas boas. Eu só externava as coisas boas enquanto deixava meus fantasmas interiores me dominando.
Isso nunca me ajudou.
Com o tempo, com os blogs - e nada mais delicioso do que o suposto anonimato público da internet -, eu comecei a expulsar meus demônios. Meus blogs secretos são válvulas de escape para que os fantasmas não precisem ser enterrados e eu os viva até que estejam prontos para ir embora. E, depois, quem sabe passados 10 anos, eu os revisite e fique feliz em saber que eles se foram.
O post de ontem era um monólogo, sobre a importância de extravazar, de botar o lixo para fora de casa em vez de ser um acumulador, numa metáfora bem prática. Se você não dá um jeito de tirar o lixo de você, chega uma hora em que você fica asfixiado. Você precisa botar o lixo pra fora e você deve fazer isso. Se você não quer ser um peso para ninguém, você tem de ter confiança em botar o lixo para fora. O ideal é que você o faça com um profissional. Quando você dá nome e trabalha com seu lixo, você recicla, você deixa a energia fluir, até ir embora. Nesse ponto, até a ilha sujimon é um exemplo lindo de como a gente precisa aprender a lidar com nosso lixo interior.
Você não precisa ser um Ichiban. Ninguém espera que você o seja. Ninguém (exceto talvez um filho) espera que você seja um paladino, um mártir, um herói. Então, tira a armadura, tira o seu excesso de peso.
Se você tem medo do que vai externar, tenho um blog secreto, fale cifrado, mas fale, mas tenha coragem de assumir até o seu pior pensamento. Porque quando você canaliza esses pensamentos em palavras ou image s ou qualquer coisa do gênero, você reorganiza suas emoções. E isso, isso sim faz toda a diferença.
Ninguém desabafa pedindo solução pra própria vida. A gente desabafa pra diminuir o monte de lixo dentro da gente, até a gente conseguir organizar o lixo e reaproveitar o que dá.
Agora saindo da mensagem criptografada aqui, vou continuar meu desabafo de terça. 
Estou batendo pino. Eu não consigo mais. Estou batendo pino. Cheguei àquele ponto em que cada segundo acordado da minha vida está tomado. E sob essa óptica, eu vejo todos os pratinhos girando devagar nos palitos, prestes a cair.
Estou avisando que estou batendo pino. Estou demonstrando que estou batendo pino. Falhas sucessivas em casa, falhas sucessivas no trabalho, falhas sucessivas com meu filho, falhas, falhas, falhas. Eu estou mandando SOS mas não é da maneira que pensam. Estou avisando que estou pifando. Eu preciso dividir as tarefas, principalmente a carga mental, porque eu preciso focar no prato que sustenta todos os meus pratinhos: meu eu. O fato de eu me sentir péssima comigo não é para que venham me dizer que estou ótima do jeito que estou ou que é o efeito da grande angular. O segredo da distorção da grande angular é que ela distorce apenas quem está nas pontas. Quem está no meio das fotos não tem distorção quase nenhuma. Aquela é minha imagem. Minha autopercepção foi sendo desligada nos últimos anos porque sempre foquei nos outros. E esquecia de mim. Mas se eu não focar no meu pratão, no casco da tartaruga gigante que é a base do Discworld, todo o mundo que depende de mim vai desabar (obviamente, vai desabar somente até ele se reestruturar, porque a vida continua mesmo sem a gente).
Então eu preciso me sentir insatisfeita e infeliz comigo, porque é a insatisfação que move a gente. Tudo tem um limite, até chegar naquela gota que faz tudo transbordar e tira você de um ciclo vicioso de permanência no lixo.
Os ciclos de construção só se sustentam se houver ciclos de destruição para acompanhar.
O lance da minha exaustão é que justamente eu não estou tendo tempo para me organizar. Estou engolindo o lixo, ocasionalmente botando o lixo pra fora, mas estou chegando naquele ponto em que preciso respirar e organizar o lixo, porque meu porta malas está lotado. Eu tenho um apartamento de 110 metros quadrados cheio de lixo empilhado, mas não consigo sentar e classificar o lixo pra reciclagem porque toda hora acontece uma obra de contenção emergencial do apartamento, e nisso o lixo fica se acumulando.
E é isso. Quando eu vejo, eu já estou com tudo zoado de novo.
A frustração é grande porque eu reorganizei minha planilha para conseguir achar um tempo diário para mim e é esse tempo diário que estou abdicando para lidar com as emergências, porque meu custo de funcionamento já está altíssimo.
Hoje conversei com meu marido sobre a delegação de tarefas. Hoje ele divide muita carga comigo, especialmente se comparado a 8 anos atrás, mas a vida da gente exponeciou de um jeito que isso só está fazendo cócegas. Mas como podemos delegar mais? Como podemos otimizar os processos?
Sabe o que faz falta? O Bonde. O que faz falta é fazer coisas para nós mesmos sem ser uma obra de engenharia cada interação. Eu pedi um final de semana no mês como família. Largar tudo no estado em que se encontra para tirarmos um tempo para sermos só nós.
Precisamos viver.
Você já pensou em viver hoje?

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Você já quis morrer hoje?

A pergunta pode ser estranha, mas é recorrente na minha cabeça. Faz muitos anos que ela me visita. Como seria morrer? Pra que viver se vamos morrer depois de tudo? Por quê? Qual a necessidade disso?

Daí vem uma cobrança interna de deixar a marca no mundo, de fazer a diferença, de ser alguém especial... a nossa geração cresceu acreditando que tinha potencial para fazer a diferença no mundo. E quando a gente cresce com a ideia de que pode tudo, a gente cai do cavalo assim, de frente, de cara, sem ninguém ter ensinado a cair.

Não sei se é verdade, porque nunca resolvi questionar, mas dizem que a primeira aula de equitação é aprender a cair do cavalo. Mas a gente não aprende a cair na vida.

Tem aqueles cuja vida já dá tanta porrada desde sempre que a pessoa nem consegue pensar: ela só reage, ela só sobrevive. Viver, para ela, é exatamente isso. É matar um leão por mim, vender o almoço para comprar a janta. Eles não entendem as nossas questões, porque somos apenas criaturas mimadas e sem limites.

Eu sou mimada. Minha vida foi fácil. Eu sou estável. E tenho muitas e muitas angústias.

Nesse momento, estou tendo um burnout foda. Eu queria tirar fucking férias da minha vida por uma semana, só pra respirar. Mas não posso. Eu só posso resistir e tentar ficar de pé.

Tudo está nas minhas costas. Tudo. E eu não consigo mais carregar. Eu não suporto mais. Eu tô quebrada, eu tô arrasada, eu me sinto só, mas não quero ver mais ninguém, porque eu não tenho energia para lidar com mais nada. Eu quero morrer, eu quero me explodir, porque eu sei que se eu morrer o mundo vai continuar e o que eu faço ou vai deixar de ser feito, ou vai ser feito por outra pessoa. 

Mas faz sentido querer acabar com a própria vida só porque você não aguenta lidar mais com tarefas que você pode delegar? Faz?

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

fazer ou não fazer tacos?

Eis a questão 

Editted: fizemos os tacos. Só não fiz o guacamole. Não foi o taco perfeito, mas foi o taco que deu, e isso já foi bom para caralho.

Aipim

Pois é. Daí a pessoa "normal" levanta do colchão (meu quarto está interditado né?) e vai limpar o aipim para congelar meia noite e quarenta e volta pro colchão 50 minutos depois.
Lindo.
Eu estava esperando os vendedores de aipim passarem na rua há quase 1 mês. Não podia perder né?
Foi bom. Deu certo.
Aí resolvi parar de postar e dormir. Mas cheguei perto de filhote e resolvi dar um cheiro. Ah, bebezão tem cheirinho tão bom!
Comentei:
- Boa noite, meu amor! Você tem um cheirinho tão bom!
E filhote levantou o bumbum (dormindo) e flatulou no meu rosto. Delícia. (contém 50% de ironia)

Mas é claro que o sol vai voltar amanhã


Acho que essa figurinha me representa taaaanto esta semana, porque...

Vejamos.
Quinta passada, resolvi buscar resolver um dos meus gatilhos de ansiedade, que é a infiltração que seria do meu banheiro para meu quarto. Seria perfeito. Daria dor de cabeça, mas resolveria. Então agendei a visita do moço da reforma para segunda. Porque nada combina mais com férias do que... obras, certo?
Só que isso me deu uma p crise. Bateu aquela bad que não sei explicar. Quinta e sexta da semana passada, eu simplesmente não existi. Eu só tinha vontade de me encolher num canto e perecer.
Domingo foi o surto de tentar organizar minha vida, faxinar, resolver problemas, uma energia... uma sensação de mania por estar. 3 noites dormindo entre 2 e 3 horas por noite. 
No meio do surto de faxina, que acabou com as minhas digitais pela n-ésima vez, consegui a proeza de quebrar o regador que uso para limpar o banheiro e que ajudava filhote a aceitar a ideia de tomar banho. Bateu aquele desespero. Nesse momento, tentando tirar o sabã do brindex, eu escorreguei, ralei a sola do pé e bati o braço. Por muita sorte, bati o braço e o tronco no azulejo em vez de no brindex (estou escrevendo blindex com "r" de propósito), porque poderia ter me machucado sério se tivesse sido no vidro. Então falei com o marido: vamos trocar sapoha aqui também por acrílico, porque eu tenho medo.
Ok. Atualizando: na segunda, verificamos que, de fato, meu chuveiro soltou um cadinho de água, mas foi só um tequinho mesmo. Botamos o prolongador, tudo ok. Então hoje fomos explorar a parede e descobrimos que o problema vem de cima. E eu, como boa milennial que sou, entrei em pânico só de pensar em ter de cobrar a resolução do vazamento dos vizinhos. Ainda descobri que as duas paredes do corredor estão descascando pelo mesmo motivo e que provavelmente eu estou com um cenário muito feio escondido no rebaixamento de gesso do banheiro. O problema é que só podemos abrir esse gesso quando o banheiro do brindex estiver já com acrílico porque tenho um menino atentado no banho. Ok. Resolveremos. Com sorte amanhã o pessoal vem aqui tirar as medidas... o soda vai ser falar com os vizinhos e tentar descobrir de onde é.
Eu tô arrasada.
Mas não é só isso. Estou de férias por uma semana para poder acompanhar a adaptação de filhote na escola nova. Estou? Descobri ontem que não. Deu alguma zica com minha marcação de férias e eu tive de dar meus pulos para achar uma solução. Resultado: perdi um dos meus dias de abono arduamente conquistados pelos menos trabalhos em comissão. Mas por sorte meu chefe deferiu o pedido atualizado e estou oficialmente de férias. A minha sorte sortíssima foi que minha amiga foi tratar meu ponto e foi me perguntar sobre as férias. Isso me salvou muito! Mas obviamente eu soube no meio do caos. Importante que deu certo.
Ok. Por isso eu digo: ontem (segunda) foi um dia que os errados deram certo no fim. Mas hoje (terça) foi um dia de provação e quase nada deu certo.
Mas estamos vivos. Isso que importa.
Eu tô me sentindo muito mal, muito muito mal desde quinta passada. Tenho vontade de sumir, de me enterrar em um buraco e nunca sair. Tenho mandado sos, mas ninguém tá captando. Mas tudo bem. Eu entendo. Todo mundo tem seus problemas, ñ é privilégio meu. Por isso eu ñ posso demandar nada de ninguém. Só que isso tava me matando por dentro.
Semana que vem é meu níver. 4.0. Que inverno... ñ a idade. Defeco pra questão da idade, mas acho que estou num dos piores momentos da minha vida, insatisfeita com tudo, com minha imagem (nossa, como eu me sinto péssima com isso), com minha falta de resolução, com tudo. Eu me sinto péssima, mas queria ajeitar as coisas e tentar sair do buraco. Foi assim que tive o rompante de domingo. Mas só de pensar em MAIS UMA POHA DE UMA OBRA DO BARALHO, sabe? Estou sem parar nesse ritmo.
Em julho de 2023, a situação da vizinhança se tornou insustentável. Começamos um projeto de trocas de janelas por antirruídos e fechamento de buracos de ar e instalação de splits e refazimento das paredes das janelas, etc etc. O processo todo morando aquu, com uma criança de 2 anos, trabalhando... foi Flórida. Ainda queríamos terminar tudo antes de começar o verão. 
Daí termina a obra e começa a primeira etapa de verificação do problema de pressão da minha mãe, e que eu preciso retomar os exames dela, mas n consigo encaixar mais aqui na agenda, especialmente porque os exames que faltam não fazem no meu bairro. Mas pelo menos depois do mapa 24 horas e da conclusão do tratamento de infecção urinária, conseguimos controlar a pressão. Mas ainda há exames pendentes. Também há outros problemas a serem resolvidos, como a decisão sobre a infiltração no joelho.
Em janeiro, eu ia retomar esses acompanhamentos quando caí numa intoxicação alimentar que me fez desmaiar vomitada no trabalho. Que cena linda! Em meio a tudo isso, o sistema de energia do meu bairro colapsou e passamos por períodos de apagão. Nesse momento, meu freezer pifou e ainda tinha o aniversário de filhote.
Ódio. Quatro meses ininterruptos de obras para não poder usufruir da paz proporcionada pelo meu ar condicionado na casa blindada...
Enfim, eu nem tenho como continuar a descrever.
Vou contar o que salvou meu dia: meu aniversário "surpresa". Por muita sorte, minhas melhores amigas do trabalho, meu trio amorzinho favorito, nosso grupo de Amor, Gula e Filhos, decidiram me consultar sobre meu aniversário e combinamos de comemorar com um almoço de aniversário como nos velhos e muito saudosos tempos. Faz 4 anos que não trabalhamos mais juntas, mas sinto taaaaanta falta de sermos nós três tipo Meninas Superpoderosas do Gab, sabe? E elas me consultarem e não fazerem nada surpresa me deixou feliz demais! Eu ñ gosto de nada surpresa, para mim me dá muita agonia e pressão. Então foi o momento de luz no meu dia.
Hoje eu queria fugir, queria sair pra tomar uma soda italiana (o refresco mesmo, não o eufemismo de um certo palavrão) ou um café coado bom... eu queria mto ver a vida, mas mal saí de casa. Ai baralho, esqueci de guardar o aipim. Já volto.


domingo, 18 de fevereiro de 2024

Eu tenho TDAH?

Dormi muito mal esta noite. Decidi que não ia cochilar e fui seguir o dia. Primeiro passo seria botar a colcha pra bater (estender no terraço para ver se seca antes da chuva), e depois fazer o café da manhã do meu marido e meu. Filhote já comia pão de queijo.
Peguei o frango desfiado na geladeira e fiz duas pastas. Uma pro marido com frango, cebolinha e creme de ricota light. Uma pra mim com frango, salsinha, cottage (vence amanhã) e azeitona. Daí botei o pão 100% integral sem aditivos na airfryer pra torrar, fiz meu ovo, fiz os ovos com bacon do marido e faltava meu leite.
Joguei o leite estragado da geladeira fora e vi que tem 3 coisas para jogar fora amanhã (porque eu só jogo na véspera de noite de dia que passa lixeiro pra não vazar a lixeira do prédio). Levantei, esqueci de guardar o cottage. Esqueci de ligar a airfryer. Fui pegar a caixa de leite nova. Tirei parte da roupa do varal. Separei as camisas de filhote que não cabem nele numa gaveta para liberar cabides pros uniformes que comprei sexta. Voltei porque precisava do leite. Peguei o ímã de geladeira com lista de compras que comprei semana retrasada e estava largada no chão da área. Limpei os blocos de anotação da geladeira e fiz parte da lista de compras, e escrevi o check list da viagem. Olhei para a pia. Ah, pegar o leite.
Vou aproveitar e limpar a Nespresso. Deu pau. Liga, desliga, liga, limpo a nespresso. Ah. Preciso do leite. Vou ao escritório (onde tá o leite) e chequei os refis de sabonete da criança. Voltei e peguei os saquinhos de roupa para preparar a máquina seguinte. Ah. O leite.
Peguei o leite, esquentei no microondas. Guardei o cottage. Tirei o leite do microondas. Abri o microondas de novo só para ver que a caneca já estava na pia esperando. Espumei o leite. 
Fiz o café, peguei o pão carbonizado na airfryer (usar menos que 6 minutos na próxima vez), coloquei a pasta, botei detergente na frigideira, vim comer. Tirei foto pra postar no app de contage de calorias.
Comi o pão, comi o ovo. Esqueci do leite.
É isso. Agora vou tomar.

Angústia

Passei o Carnaval me entupindo de doces. Três picolés e um pote de sorvete por dia, fora os ifoods. Bateram várias bads de ansiedade e noites mal dormidas.

Nesse momento eu estou decidindo se fico no quarto com a janela aberta fresquinha ao som do baile funk ou se fecho tudo e fico no abafado. Na verdade, provavelmente será a 3a opção: ir pro quarto de filhote porque meus travesseiros já estão lá me esperando.

A noite de hoje foi péssima. 

Segunda começa a recuperação da parede do meu quarto. Estou com uma infiltração muito provavelmente da instalação do meu chuveiro (que fui eu quem instalou *emoji do palhaço*), mas porque o joelho ficou muito pra dentro e possivelmente está minando por ali. Tem outro fator também, sobre como abrem totalmente o registro do chuveiro sem nenhuma necessidade, mas ñ tenho controle sobre isso. Então vamos ver se o prolongador resolve e vamos descascar a parede do quarto. O lado bom: era provavelmente a parede mais feia da casa, justamente porque ficou cheia de ondulações e eu sempre ficava irritada quando olhava para ela. Vamos pensar que agora vai melhorar, mas juro que não aguento mais poeira, dinheiro voando, etc etc.

Ando muito impaciente, principalmente com filhote, e isso me deixa triste. Molecote vira o taz mania com sono e nunca se entrega, então é muito difícil. Mas preciso melhorar. Penso que se eu dormir um pouco mais ja vai ajudar. O Flórida é que meu ciclo cardiano (?) está completamente zoado. Enfim, são 2:40 da manhã e eu já deveria estar dormingo. Whatever.

Daí hoje eu reinstalei com app Me+. É um app de organização de rotina, que eu já tinha pagado a assinatura anual por impulso ano passado. Eu sou muito impulsiva quando se trata de dinheiro, o que é uma verdadeira titica pra mim. Enfim, vamos ver se dessa vez funciona. O importante é que eu já suspendi o pagamento da assinatura.

Vamos lá. Espero que amanhã (hoje) seja um novo dia. Mas é muito difícil ter a minha audição. Estou ouvindo num fone uma música de meditação do meu app de fitness e a batida do funk tá explodindo a minha cabeça. Cara, é muito muito difícil ser assim. Eu não gosto.

O bom é que o remédio da minha "micose" está secando. Eu não gosto de deitar no quarto de filhote com ele ainda "molhado", entende? Tenho medo de passar o remédio pra pele dele sem querer.

Eu vou ao banheiro assim que terminar essa sequência e depois vou iniciar outra dessa música calmante ou de som de chuva, mas aí com a tela do celular desligada para ver se vai.

Estou me sentindo horrorosa e engordei ainda mais. Meu maiô não cabe em mim e vamos para a praia este final de semana pro aniversário da minha sobrinha. Daí eu acabei cumprindo parte da minha meta aqui, que foi comprar um maiô bonito. Comprei mais de 1, na verdade, um do meu tamanho atual e um menor, porque eu quero usar esse lindo menor, que não tinha do meu tamanho atual.

Estou vendo o local para colocar filhote na natação, indicação de uma amiga, e lá tb tem hidro. Acho que vai dar bom pra mim mexer com água. Veremos o preço. 

A melodia atual passou. Vou começar a segunda meditação, mas dessa vez para meditar mesmo, com a tela desligada, pra relaxar e dormir. Normalmente eu capoto e vira uma sessão de relaxamento muito longa pro app, então hoje decidi fazer em duas etapas. Uma para registrar e acalmar. A outra para efetivamente dormir.

Boa noite, mundo. Amanhã conversaremos mais.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Hiato

Neste blog, há um hiato de quase 8 anos.

Quer dizer o quê?

Não sei. Tenho algumas explicações e outras conjecturas para o motivo.

Relendo posts antigos, eu lembro do meu pânico sobre os anos múltiplos de 5 (e 2025 é múltiplo de 5). 2015 foi um ano que passei muito nervoso. Eu tinha pesadelos recorrentes sobre a perda da minha mãe (eu havia perdido meu pai em 2010). Até deixar esse pânico fluir, demorou muito. Não ajudou o fato de meu marido ter passado parte de 2014/2015 em outro estado. a trabalho. As noites eram muito solitárias e cabeça vazia é oficina do andar de baixo. Foi nessa época que passei a fazer brigadeiros mais sérios, inclusive, porque eu precisava canalizar isso. Ainda tive um stress com uma superior no trabalho, que me deixou mal. Mas 2015 também teve coisas muito boas no final.

Teve o Pão de Mel da Vanessa, e isso mudou completamente os meus anos de 2016 a 2018, para melhor. Numa brincadeira de Facebook, em que tínhamos de conseguir 100 curtidas para que a Vanessa fizesse 100 pães de mel (maravilhoso, por sinal), eu acabei resgatando contato com amigos meus do tempo do colégio.

Foi graças a esse convite para pegar pães de mel que conheci e reencontrei pessoas muito queridas. Acho que, de todos os amigos que fiz em decorrência do reencontro, o que mais me marcou foi o Henrique. Ele é a pessoa mais agregadora do universo. O conceito do "chega mais" que ele introduziu na nossa vida fez com que eu entendesse que a gente complica coisas demais. "A gente tava pensando em pedir uma pizza, chega mais aí?", "Peguei um jogo novo, quer chegar mais?", "Aí, partiu Fatto?"... Não tinha problema em ir e ficar estudando enquanto jogavam. Não tinha problema em chegar sem nada, a gente pedia na hora e era sempre de boas. Tudo bem, a gente (marido e eu) não tinha filho na época, mas mesmo nossos amigos que tinham uma bebê, era muito de boas.

Depois eles se mudaram para um bairro bem longe. 2 horas não rola um chega mais. Veio pandemia. Eles se mudaram de país. E é isso.

Mas foram anos muito muito bons.

Nesse período, eu reclamava pouco da vida. E também tive outros dois blogs. Em um deles, eu assinava com 4 nomes diferentes apenas para imaginar como seria ter um blog comunitário, rsrs. A louca. É, sou eu. Adoraria fazer isso de novo, mas não consigo manter uma conta só.

Não tem nada a ver, mas preciso comentar como eu odeio o conceito do bolo mesclado mal executado. Bolo mesclado é bolo branco com bolo de chocolate. Supõe uma ideia de meio a meio. Pode ser um bolo meio chocolate, meio baunilha. Pode ser em camadas alternadas. Mas é uma ideia de mescla, de mistura. Aí você compra um bolo mesclado e ele vem com uma ilha de chocolate num mar de bolo de baunilha. Parece que foi sobra da massa de chocolate que você botou só pra fingir que fez outro sabor. Eu me frustro demais com os bolos ditos mesclados. Falei isso porque eu fiz ontem um bolo mesclado aqui em casa e ficou perfeito sem defeitos. Não, eu não sou modesta na cozinha: o que eu digo que eu faço bem, é porque eu faço bem para baralho!

Enfim, a musa fitness do outono tá se entupindo de bolo de chocolate porque não conseguiu almoçar. E o sugar bomb veio com tudo e me deixou mal. Eu deveria sair pra correr pra queimar esse açúcar, mas o pâncreas já jogou aquela carga absurda de insulina e me deixou triste.


Sem backspace

Estou aqui deitada, nope, sentada na cama, apoiando meu teclado bluetooth da microsoft que foi meu parceiro da faculdade na minha bandeja do snoopy com luminária usb, tentando escrever sem ficar olhando para a tela vazia. Por dois motivos, pela ansiedade da tela vazia e para tentar desconectar antes de dormir. Ok, estou roubando porque estou conectada, mas não estou olhando para o que estou escreverndo, mas somente jogando os pensamentos diretamente no teclado. Detalhe: meu teclado funciona muito benm, mas por algum motivo, o botão do baclkspace não funciona. Então, pode ser que haja erros de digitação e eu não vou me esforçar mais para corrigir.
Percebam que eu escrevo frases insuportavelmente longas no blog, mas quem conversa comigo no whats, por xexemplo, deve ficar nervoso porque eu sempre aperto enter e mando uma SEQUÊNCIA GRANDE DE FRASES CURTAS. OPPS, CAPS LOCK.
Está muito muito quente aqui,. Acho que a luz de led está esquentando. Não posso esquecer de instalar a lâmpada de led na minha máquina de cosutra antes de botar ela pra funcionar, porque a normal pode derreter ela.
Eu queto voer se costuro uns porta talheres/jogo americano pra levar apra o trabalho, e para dar de presente, e para a merendeira do meu filho, entende?
Hoje eu tava aqui tentando expolicar como minha cabeça funciona. Vo dar um exemplo: estou ouvindo uma múica de mindfulness no fone bluetooth digitando o que vem na mente. Do lado direito da minha "mesa" eu tenho um planne dr de papel e do lado esquerdo hjá pouco estava o guai nutricional que recebi em abril do ano passado e foi meu favorito até hoje, mas percebi que nem flembrava direito das incicações, então vou ter de recomeçar do zero semana que vem. Também não vou me boicotar mais bcom blolos gostosos no freezer, ok?
Eu já comentei sobre minha ideia de repetir toda quinta-feira o mesmo vestido para tirar foto no elevador do estacionamento e tentar ver se noto alguma evolução ao longo do ano? Pois é. Estou pensando em fazer isso.
Estou também incomodada porque estou flatulando muito. Acho que foi o excesso de chocolate por ter comido duas fatias da torta/bolo que comprei pro dia do aniversário de filhote (não o dia da festa, eu fiz dois parabéns).
       

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Feliz Ano Novo!

Este ano já está sendo diferente?
Não!
Estou me enrolando como sempre, obviamente defequei para as minhas orientações nutricionais e me chateei.
Passamos 2023 em obras desde julho. Tenho vizinhos muito bacanas num terreno em frente que faz festas (alugam etc) todos os finais de semana praticamente, além de termos tido de aturar 2 meses de baile funk em casa por conta de terem mudado a rua onde fazem. Então trocamos por janela antirruído, colocamos ar condicionado na casa, foi uma obra intensa.
E aí estamos diante de um verão que seria sem precedentes (um calor da polícia), e pensamos: tudo bem, estamos prontos. Só fechar a janela, climatizar a sala e sermos felizes. Então, a concessionária de energia diz: "No no no".
Pois é, pessoal. Sabe quando você sente que a vida é um eterno boss atrás de boss. Quando você acaba de distribuir seus atributos novos, vem um chefe que você não tem nada que possa fazer. Pois é. Assim me sinto.
Mas temos de perseverar, né? Afinal, todo mundo fica sem luz, então pelo menos não vai ser som. Er.......
Ok.
Depois que o freezer pifou (já consertado), passou o aniversário de filhote, estamos nas expectativas de volta às aulas, eu preciso tomar jeito.
Então, eu voltei a planejar. Eu não consigo lidar ainda com a infiltração do chuveiro (que já me deu crise de ansiedade ontem), mas consigo pensar no cardápio da semana. E não precisa ser aquela parada surreal. Só precisa ser comida e não ser iFood.
Então, foda-se que eu não consiga ter ânimo para treinar, correr, malhar, ficar sarada (eu nem quero isso, só queria não parecer grávida de 5 meses quando eu ainda não estou). Vamos no beabá. Meu beabá hoje é sentar e pensar no que vou comer. E daí pensar no que vou comprar e quando comprar. Porque, eu expliquei, com problemas de distribuição de energia, tu tens que pensar bem antes de estocar comida.
E é isso.
Meu pão maravilhoso mofou completamente de ontem pra hoje. Coisa mais linda. Esse é comida de verdade: sem conservantes etc. Comi uma torrada sobra da minha intoxicação alimentar de janeiro, com minha pasta caseira. E é isso! ;)
Agora vou sair pra tirar foto de criança pra escola (e pra minha futura coleção de fotos 3x4).
Até mais tarde!

Ps: Num ato de confiança, vou compartilhar o link deste blog com aquele que hoje é meu melhor amigo fora de casa, mas sem expectativas, sem pressão.