sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Viagem

Após a interrupção da programação anterior, vamos aos updates.
Esta semana eu chorei bagarai e não chorei ao mesmo tempo. Eu digo que a melhor coisa do mundo é conseguir chorar. Se você consegue chorar, parabéns. Eu não consigo mais.
Enfim, voltando. Eu me arrependi tanto de arrumar a parede do meu quarto. Eu torcia tanto para que a infiltração fosse somente minha porque aí a gente encarava tudo e resolvia e acabava, e saber que vou depender dos outros já me deixa muito para baixo.
Mas whatever. Merda frita, coloca queijo em cima e come.
Tudo fica melhor com queijo.
Saudades de reuniões regadas a minas temperado...
Whatever
Saudades dos nachos do finado Chef's Play. Saudades do crepe...
Ok...

Não sei mais se vamos viajar hoje ou não. Filhote pegou um resfriado ontem e tá corizando bastante. Fiquei do lado dele acompanhando para ver se tinha febre ou não, mas pelo menos hoje ele está dormindo muuuuito melhor do que ontem. Então, já é um alívio.
Preparamos tudo para a alimentação de Filhote na viagem. Talvez consigamos ir. Talvez não. Se não formos agora, vou querer ir depois.
Para coroar tudo, minha menstruação desceu antes do tempo e ainda veio com cólica. Eu raramente sinto cólicas. Viu? Só a ideia da Clara entrar no mar já desestabiliza o mundo. Já sai reportagem sobre infestação de escorpião em Búzios. Hahaha. São sinais de que não devo ir?
Mas eu preciso de um banho de sal grosso natural!
Enfim, pelo menos os maiôs chegaram.
Tive de sair ontem na emergência pra comprar tinta porque esqueci de comprar. Esqueci também de ver o rejunte. Esqueci também de fazer tanta coisa... mas pelo menos lembrei de levar meu sapato no sapateiro do lado da loja de tinta.
Eu e minhas novelas com sapatos. Não compro mais nada da usaflex.
Filhote tá gemendo. Vou voltar pro quarto. Depois continuo. Espero até lá saber se a viagem se concretizou ou não. 

Você já pensou em viver hoje?

Completando o último post, porque na verdade meu post de ontem ficou incompleto.

Meu post de ontem foi um descarrego.

Às vezes, eu me pergunto muito sobre como seria a minha vida sem mim, sobre como me tirar da equação. Houve alguns momentos em que eu realmente tive vontade de dar cabo. Em 2000, no meu terceiro ano, que acho que foi o primeiro ano realmente ruim para mim - e sem ter ninguém com quem desabafar ou conversar sobre na época. Em 2005, quando estava me aproximando da reta final de uma graduação que odiava e me sentia pior do que o cocô do mosquito que picou o cavalo... se bem que quando eu penso em mosquito hoje, e depois de ter lido uma matéria sobre como os mosquitos são animais muito letais em razão de todas as doenças que transmite (dengue, malária, zika, chikungunya e sabe-se lá mais quais...)... e em 2010. Em 2010, eu me sentia muito muito muito culpada. Entrei numa espiral louca. Revivi as últimas conversas com meu pai, pensando em todas as vezes que eu devia ter prestado mais atenção nele, que eu devia ter sido pró-ativa e perguntado mais... tudo isso enquanto eu via minha mãe tendo os mesmos questionamentos, e eu tentando passar uma imagem fria de que ela não devia pensar nisso, sendo que eu também só pensava nisso... véi, tanta coisa que eu falo pra fora completamente diferente do que eu penso por dentro... quantas vezes eu ñ dirigi torcendo para que houvesse um rompimento da barra de direção e eu vivesse a minha própria Tamburello?! Óbvio que eu queria que fosse sempre por um acidente, por algo externo, porque não queria que ninguém questionasse as coisas que eu estava questionando naquele momento.
Mas, não, eu nunca vou encerrar com a minha própria vida. Isso eu prometi lá atrás quando eu prometi que nunca levaria um problema para minha mãe, depois de ter visto quanta culpa ela carregou por tantos anos sozinha sem precisar. Ela nunca me pediu isso, foi minha escolha. Mas isso fez com que eu entubasse todos os meus sentimentos negativos e lidasse com eles sozinha, ruminando.
Eu tinha um diário da Polianna, somente das coisas boas. Eu só externava as coisas boas enquanto deixava meus fantasmas interiores me dominando.
Isso nunca me ajudou.
Com o tempo, com os blogs - e nada mais delicioso do que o suposto anonimato público da internet -, eu comecei a expulsar meus demônios. Meus blogs secretos são válvulas de escape para que os fantasmas não precisem ser enterrados e eu os viva até que estejam prontos para ir embora. E, depois, quem sabe passados 10 anos, eu os revisite e fique feliz em saber que eles se foram.
O post de ontem era um monólogo, sobre a importância de extravazar, de botar o lixo para fora de casa em vez de ser um acumulador, numa metáfora bem prática. Se você não dá um jeito de tirar o lixo de você, chega uma hora em que você fica asfixiado. Você precisa botar o lixo pra fora e você deve fazer isso. Se você não quer ser um peso para ninguém, você tem de ter confiança em botar o lixo para fora. O ideal é que você o faça com um profissional. Quando você dá nome e trabalha com seu lixo, você recicla, você deixa a energia fluir, até ir embora. Nesse ponto, até a ilha sujimon é um exemplo lindo de como a gente precisa aprender a lidar com nosso lixo interior.
Você não precisa ser um Ichiban. Ninguém espera que você o seja. Ninguém (exceto talvez um filho) espera que você seja um paladino, um mártir, um herói. Então, tira a armadura, tira o seu excesso de peso.
Se você tem medo do que vai externar, tenho um blog secreto, fale cifrado, mas fale, mas tenha coragem de assumir até o seu pior pensamento. Porque quando você canaliza esses pensamentos em palavras ou image s ou qualquer coisa do gênero, você reorganiza suas emoções. E isso, isso sim faz toda a diferença.
Ninguém desabafa pedindo solução pra própria vida. A gente desabafa pra diminuir o monte de lixo dentro da gente, até a gente conseguir organizar o lixo e reaproveitar o que dá.
Agora saindo da mensagem criptografada aqui, vou continuar meu desabafo de terça. 
Estou batendo pino. Eu não consigo mais. Estou batendo pino. Cheguei àquele ponto em que cada segundo acordado da minha vida está tomado. E sob essa óptica, eu vejo todos os pratinhos girando devagar nos palitos, prestes a cair.
Estou avisando que estou batendo pino. Estou demonstrando que estou batendo pino. Falhas sucessivas em casa, falhas sucessivas no trabalho, falhas sucessivas com meu filho, falhas, falhas, falhas. Eu estou mandando SOS mas não é da maneira que pensam. Estou avisando que estou pifando. Eu preciso dividir as tarefas, principalmente a carga mental, porque eu preciso focar no prato que sustenta todos os meus pratinhos: meu eu. O fato de eu me sentir péssima comigo não é para que venham me dizer que estou ótima do jeito que estou ou que é o efeito da grande angular. O segredo da distorção da grande angular é que ela distorce apenas quem está nas pontas. Quem está no meio das fotos não tem distorção quase nenhuma. Aquela é minha imagem. Minha autopercepção foi sendo desligada nos últimos anos porque sempre foquei nos outros. E esquecia de mim. Mas se eu não focar no meu pratão, no casco da tartaruga gigante que é a base do Discworld, todo o mundo que depende de mim vai desabar (obviamente, vai desabar somente até ele se reestruturar, porque a vida continua mesmo sem a gente).
Então eu preciso me sentir insatisfeita e infeliz comigo, porque é a insatisfação que move a gente. Tudo tem um limite, até chegar naquela gota que faz tudo transbordar e tira você de um ciclo vicioso de permanência no lixo.
Os ciclos de construção só se sustentam se houver ciclos de destruição para acompanhar.
O lance da minha exaustão é que justamente eu não estou tendo tempo para me organizar. Estou engolindo o lixo, ocasionalmente botando o lixo pra fora, mas estou chegando naquele ponto em que preciso respirar e organizar o lixo, porque meu porta malas está lotado. Eu tenho um apartamento de 110 metros quadrados cheio de lixo empilhado, mas não consigo sentar e classificar o lixo pra reciclagem porque toda hora acontece uma obra de contenção emergencial do apartamento, e nisso o lixo fica se acumulando.
E é isso. Quando eu vejo, eu já estou com tudo zoado de novo.
A frustração é grande porque eu reorganizei minha planilha para conseguir achar um tempo diário para mim e é esse tempo diário que estou abdicando para lidar com as emergências, porque meu custo de funcionamento já está altíssimo.
Hoje conversei com meu marido sobre a delegação de tarefas. Hoje ele divide muita carga comigo, especialmente se comparado a 8 anos atrás, mas a vida da gente exponeciou de um jeito que isso só está fazendo cócegas. Mas como podemos delegar mais? Como podemos otimizar os processos?
Sabe o que faz falta? O Bonde. O que faz falta é fazer coisas para nós mesmos sem ser uma obra de engenharia cada interação. Eu pedi um final de semana no mês como família. Largar tudo no estado em que se encontra para tirarmos um tempo para sermos só nós.
Precisamos viver.
Você já pensou em viver hoje?

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Você já quis morrer hoje?

A pergunta pode ser estranha, mas é recorrente na minha cabeça. Faz muitos anos que ela me visita. Como seria morrer? Pra que viver se vamos morrer depois de tudo? Por quê? Qual a necessidade disso?

Daí vem uma cobrança interna de deixar a marca no mundo, de fazer a diferença, de ser alguém especial... a nossa geração cresceu acreditando que tinha potencial para fazer a diferença no mundo. E quando a gente cresce com a ideia de que pode tudo, a gente cai do cavalo assim, de frente, de cara, sem ninguém ter ensinado a cair.

Não sei se é verdade, porque nunca resolvi questionar, mas dizem que a primeira aula de equitação é aprender a cair do cavalo. Mas a gente não aprende a cair na vida.

Tem aqueles cuja vida já dá tanta porrada desde sempre que a pessoa nem consegue pensar: ela só reage, ela só sobrevive. Viver, para ela, é exatamente isso. É matar um leão por mim, vender o almoço para comprar a janta. Eles não entendem as nossas questões, porque somos apenas criaturas mimadas e sem limites.

Eu sou mimada. Minha vida foi fácil. Eu sou estável. E tenho muitas e muitas angústias.

Nesse momento, estou tendo um burnout foda. Eu queria tirar fucking férias da minha vida por uma semana, só pra respirar. Mas não posso. Eu só posso resistir e tentar ficar de pé.

Tudo está nas minhas costas. Tudo. E eu não consigo mais carregar. Eu não suporto mais. Eu tô quebrada, eu tô arrasada, eu me sinto só, mas não quero ver mais ninguém, porque eu não tenho energia para lidar com mais nada. Eu quero morrer, eu quero me explodir, porque eu sei que se eu morrer o mundo vai continuar e o que eu faço ou vai deixar de ser feito, ou vai ser feito por outra pessoa. 

Mas faz sentido querer acabar com a própria vida só porque você não aguenta lidar mais com tarefas que você pode delegar? Faz?

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

fazer ou não fazer tacos?

Eis a questão 

Editted: fizemos os tacos. Só não fiz o guacamole. Não foi o taco perfeito, mas foi o taco que deu, e isso já foi bom para caralho.

Aipim

Pois é. Daí a pessoa "normal" levanta do colchão (meu quarto está interditado né?) e vai limpar o aipim para congelar meia noite e quarenta e volta pro colchão 50 minutos depois.
Lindo.
Eu estava esperando os vendedores de aipim passarem na rua há quase 1 mês. Não podia perder né?
Foi bom. Deu certo.
Aí resolvi parar de postar e dormir. Mas cheguei perto de filhote e resolvi dar um cheiro. Ah, bebezão tem cheirinho tão bom!
Comentei:
- Boa noite, meu amor! Você tem um cheirinho tão bom!
E filhote levantou o bumbum (dormindo) e flatulou no meu rosto. Delícia. (contém 50% de ironia)

Mas é claro que o sol vai voltar amanhã


Acho que essa figurinha me representa taaaanto esta semana, porque...

Vejamos.
Quinta passada, resolvi buscar resolver um dos meus gatilhos de ansiedade, que é a infiltração que seria do meu banheiro para meu quarto. Seria perfeito. Daria dor de cabeça, mas resolveria. Então agendei a visita do moço da reforma para segunda. Porque nada combina mais com férias do que... obras, certo?
Só que isso me deu uma p crise. Bateu aquela bad que não sei explicar. Quinta e sexta da semana passada, eu simplesmente não existi. Eu só tinha vontade de me encolher num canto e perecer.
Domingo foi o surto de tentar organizar minha vida, faxinar, resolver problemas, uma energia... uma sensação de mania por estar. 3 noites dormindo entre 2 e 3 horas por noite. 
No meio do surto de faxina, que acabou com as minhas digitais pela n-ésima vez, consegui a proeza de quebrar o regador que uso para limpar o banheiro e que ajudava filhote a aceitar a ideia de tomar banho. Bateu aquele desespero. Nesse momento, tentando tirar o sabã do brindex, eu escorreguei, ralei a sola do pé e bati o braço. Por muita sorte, bati o braço e o tronco no azulejo em vez de no brindex (estou escrevendo blindex com "r" de propósito), porque poderia ter me machucado sério se tivesse sido no vidro. Então falei com o marido: vamos trocar sapoha aqui também por acrílico, porque eu tenho medo.
Ok. Atualizando: na segunda, verificamos que, de fato, meu chuveiro soltou um cadinho de água, mas foi só um tequinho mesmo. Botamos o prolongador, tudo ok. Então hoje fomos explorar a parede e descobrimos que o problema vem de cima. E eu, como boa milennial que sou, entrei em pânico só de pensar em ter de cobrar a resolução do vazamento dos vizinhos. Ainda descobri que as duas paredes do corredor estão descascando pelo mesmo motivo e que provavelmente eu estou com um cenário muito feio escondido no rebaixamento de gesso do banheiro. O problema é que só podemos abrir esse gesso quando o banheiro do brindex estiver já com acrílico porque tenho um menino atentado no banho. Ok. Resolveremos. Com sorte amanhã o pessoal vem aqui tirar as medidas... o soda vai ser falar com os vizinhos e tentar descobrir de onde é.
Eu tô arrasada.
Mas não é só isso. Estou de férias por uma semana para poder acompanhar a adaptação de filhote na escola nova. Estou? Descobri ontem que não. Deu alguma zica com minha marcação de férias e eu tive de dar meus pulos para achar uma solução. Resultado: perdi um dos meus dias de abono arduamente conquistados pelos menos trabalhos em comissão. Mas por sorte meu chefe deferiu o pedido atualizado e estou oficialmente de férias. A minha sorte sortíssima foi que minha amiga foi tratar meu ponto e foi me perguntar sobre as férias. Isso me salvou muito! Mas obviamente eu soube no meio do caos. Importante que deu certo.
Ok. Por isso eu digo: ontem (segunda) foi um dia que os errados deram certo no fim. Mas hoje (terça) foi um dia de provação e quase nada deu certo.
Mas estamos vivos. Isso que importa.
Eu tô me sentindo muito mal, muito muito mal desde quinta passada. Tenho vontade de sumir, de me enterrar em um buraco e nunca sair. Tenho mandado sos, mas ninguém tá captando. Mas tudo bem. Eu entendo. Todo mundo tem seus problemas, ñ é privilégio meu. Por isso eu ñ posso demandar nada de ninguém. Só que isso tava me matando por dentro.
Semana que vem é meu níver. 4.0. Que inverno... ñ a idade. Defeco pra questão da idade, mas acho que estou num dos piores momentos da minha vida, insatisfeita com tudo, com minha imagem (nossa, como eu me sinto péssima com isso), com minha falta de resolução, com tudo. Eu me sinto péssima, mas queria ajeitar as coisas e tentar sair do buraco. Foi assim que tive o rompante de domingo. Mas só de pensar em MAIS UMA POHA DE UMA OBRA DO BARALHO, sabe? Estou sem parar nesse ritmo.
Em julho de 2023, a situação da vizinhança se tornou insustentável. Começamos um projeto de trocas de janelas por antirruídos e fechamento de buracos de ar e instalação de splits e refazimento das paredes das janelas, etc etc. O processo todo morando aquu, com uma criança de 2 anos, trabalhando... foi Flórida. Ainda queríamos terminar tudo antes de começar o verão. 
Daí termina a obra e começa a primeira etapa de verificação do problema de pressão da minha mãe, e que eu preciso retomar os exames dela, mas n consigo encaixar mais aqui na agenda, especialmente porque os exames que faltam não fazem no meu bairro. Mas pelo menos depois do mapa 24 horas e da conclusão do tratamento de infecção urinária, conseguimos controlar a pressão. Mas ainda há exames pendentes. Também há outros problemas a serem resolvidos, como a decisão sobre a infiltração no joelho.
Em janeiro, eu ia retomar esses acompanhamentos quando caí numa intoxicação alimentar que me fez desmaiar vomitada no trabalho. Que cena linda! Em meio a tudo isso, o sistema de energia do meu bairro colapsou e passamos por períodos de apagão. Nesse momento, meu freezer pifou e ainda tinha o aniversário de filhote.
Ódio. Quatro meses ininterruptos de obras para não poder usufruir da paz proporcionada pelo meu ar condicionado na casa blindada...
Enfim, eu nem tenho como continuar a descrever.
Vou contar o que salvou meu dia: meu aniversário "surpresa". Por muita sorte, minhas melhores amigas do trabalho, meu trio amorzinho favorito, nosso grupo de Amor, Gula e Filhos, decidiram me consultar sobre meu aniversário e combinamos de comemorar com um almoço de aniversário como nos velhos e muito saudosos tempos. Faz 4 anos que não trabalhamos mais juntas, mas sinto taaaaanta falta de sermos nós três tipo Meninas Superpoderosas do Gab, sabe? E elas me consultarem e não fazerem nada surpresa me deixou feliz demais! Eu ñ gosto de nada surpresa, para mim me dá muita agonia e pressão. Então foi o momento de luz no meu dia.
Hoje eu queria fugir, queria sair pra tomar uma soda italiana (o refresco mesmo, não o eufemismo de um certo palavrão) ou um café coado bom... eu queria mto ver a vida, mas mal saí de casa. Ai baralho, esqueci de guardar o aipim. Já volto.


domingo, 18 de fevereiro de 2024

Eu tenho TDAH?

Dormi muito mal esta noite. Decidi que não ia cochilar e fui seguir o dia. Primeiro passo seria botar a colcha pra bater (estender no terraço para ver se seca antes da chuva), e depois fazer o café da manhã do meu marido e meu. Filhote já comia pão de queijo.
Peguei o frango desfiado na geladeira e fiz duas pastas. Uma pro marido com frango, cebolinha e creme de ricota light. Uma pra mim com frango, salsinha, cottage (vence amanhã) e azeitona. Daí botei o pão 100% integral sem aditivos na airfryer pra torrar, fiz meu ovo, fiz os ovos com bacon do marido e faltava meu leite.
Joguei o leite estragado da geladeira fora e vi que tem 3 coisas para jogar fora amanhã (porque eu só jogo na véspera de noite de dia que passa lixeiro pra não vazar a lixeira do prédio). Levantei, esqueci de guardar o cottage. Esqueci de ligar a airfryer. Fui pegar a caixa de leite nova. Tirei parte da roupa do varal. Separei as camisas de filhote que não cabem nele numa gaveta para liberar cabides pros uniformes que comprei sexta. Voltei porque precisava do leite. Peguei o ímã de geladeira com lista de compras que comprei semana retrasada e estava largada no chão da área. Limpei os blocos de anotação da geladeira e fiz parte da lista de compras, e escrevi o check list da viagem. Olhei para a pia. Ah, pegar o leite.
Vou aproveitar e limpar a Nespresso. Deu pau. Liga, desliga, liga, limpo a nespresso. Ah. Preciso do leite. Vou ao escritório (onde tá o leite) e chequei os refis de sabonete da criança. Voltei e peguei os saquinhos de roupa para preparar a máquina seguinte. Ah. O leite.
Peguei o leite, esquentei no microondas. Guardei o cottage. Tirei o leite do microondas. Abri o microondas de novo só para ver que a caneca já estava na pia esperando. Espumei o leite. 
Fiz o café, peguei o pão carbonizado na airfryer (usar menos que 6 minutos na próxima vez), coloquei a pasta, botei detergente na frigideira, vim comer. Tirei foto pra postar no app de contage de calorias.
Comi o pão, comi o ovo. Esqueci do leite.
É isso. Agora vou tomar.

Angústia

Passei o Carnaval me entupindo de doces. Três picolés e um pote de sorvete por dia, fora os ifoods. Bateram várias bads de ansiedade e noites mal dormidas.

Nesse momento eu estou decidindo se fico no quarto com a janela aberta fresquinha ao som do baile funk ou se fecho tudo e fico no abafado. Na verdade, provavelmente será a 3a opção: ir pro quarto de filhote porque meus travesseiros já estão lá me esperando.

A noite de hoje foi péssima. 

Segunda começa a recuperação da parede do meu quarto. Estou com uma infiltração muito provavelmente da instalação do meu chuveiro (que fui eu quem instalou *emoji do palhaço*), mas porque o joelho ficou muito pra dentro e possivelmente está minando por ali. Tem outro fator também, sobre como abrem totalmente o registro do chuveiro sem nenhuma necessidade, mas ñ tenho controle sobre isso. Então vamos ver se o prolongador resolve e vamos descascar a parede do quarto. O lado bom: era provavelmente a parede mais feia da casa, justamente porque ficou cheia de ondulações e eu sempre ficava irritada quando olhava para ela. Vamos pensar que agora vai melhorar, mas juro que não aguento mais poeira, dinheiro voando, etc etc.

Ando muito impaciente, principalmente com filhote, e isso me deixa triste. Molecote vira o taz mania com sono e nunca se entrega, então é muito difícil. Mas preciso melhorar. Penso que se eu dormir um pouco mais ja vai ajudar. O Flórida é que meu ciclo cardiano (?) está completamente zoado. Enfim, são 2:40 da manhã e eu já deveria estar dormingo. Whatever.

Daí hoje eu reinstalei com app Me+. É um app de organização de rotina, que eu já tinha pagado a assinatura anual por impulso ano passado. Eu sou muito impulsiva quando se trata de dinheiro, o que é uma verdadeira titica pra mim. Enfim, vamos ver se dessa vez funciona. O importante é que eu já suspendi o pagamento da assinatura.

Vamos lá. Espero que amanhã (hoje) seja um novo dia. Mas é muito difícil ter a minha audição. Estou ouvindo num fone uma música de meditação do meu app de fitness e a batida do funk tá explodindo a minha cabeça. Cara, é muito muito difícil ser assim. Eu não gosto.

O bom é que o remédio da minha "micose" está secando. Eu não gosto de deitar no quarto de filhote com ele ainda "molhado", entende? Tenho medo de passar o remédio pra pele dele sem querer.

Eu vou ao banheiro assim que terminar essa sequência e depois vou iniciar outra dessa música calmante ou de som de chuva, mas aí com a tela do celular desligada para ver se vai.

Estou me sentindo horrorosa e engordei ainda mais. Meu maiô não cabe em mim e vamos para a praia este final de semana pro aniversário da minha sobrinha. Daí eu acabei cumprindo parte da minha meta aqui, que foi comprar um maiô bonito. Comprei mais de 1, na verdade, um do meu tamanho atual e um menor, porque eu quero usar esse lindo menor, que não tinha do meu tamanho atual.

Estou vendo o local para colocar filhote na natação, indicação de uma amiga, e lá tb tem hidro. Acho que vai dar bom pra mim mexer com água. Veremos o preço. 

A melodia atual passou. Vou começar a segunda meditação, mas dessa vez para meditar mesmo, com a tela desligada, pra relaxar e dormir. Normalmente eu capoto e vira uma sessão de relaxamento muito longa pro app, então hoje decidi fazer em duas etapas. Uma para registrar e acalmar. A outra para efetivamente dormir.

Boa noite, mundo. Amanhã conversaremos mais.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Hiato

Neste blog, há um hiato de quase 8 anos.

Quer dizer o quê?

Não sei. Tenho algumas explicações e outras conjecturas para o motivo.

Relendo posts antigos, eu lembro do meu pânico sobre os anos múltiplos de 5 (e 2025 é múltiplo de 5). 2015 foi um ano que passei muito nervoso. Eu tinha pesadelos recorrentes sobre a perda da minha mãe (eu havia perdido meu pai em 2010). Até deixar esse pânico fluir, demorou muito. Não ajudou o fato de meu marido ter passado parte de 2014/2015 em outro estado. a trabalho. As noites eram muito solitárias e cabeça vazia é oficina do andar de baixo. Foi nessa época que passei a fazer brigadeiros mais sérios, inclusive, porque eu precisava canalizar isso. Ainda tive um stress com uma superior no trabalho, que me deixou mal. Mas 2015 também teve coisas muito boas no final.

Teve o Pão de Mel da Vanessa, e isso mudou completamente os meus anos de 2016 a 2018, para melhor. Numa brincadeira de Facebook, em que tínhamos de conseguir 100 curtidas para que a Vanessa fizesse 100 pães de mel (maravilhoso, por sinal), eu acabei resgatando contato com amigos meus do tempo do colégio.

Foi graças a esse convite para pegar pães de mel que conheci e reencontrei pessoas muito queridas. Acho que, de todos os amigos que fiz em decorrência do reencontro, o que mais me marcou foi o Henrique. Ele é a pessoa mais agregadora do universo. O conceito do "chega mais" que ele introduziu na nossa vida fez com que eu entendesse que a gente complica coisas demais. "A gente tava pensando em pedir uma pizza, chega mais aí?", "Peguei um jogo novo, quer chegar mais?", "Aí, partiu Fatto?"... Não tinha problema em ir e ficar estudando enquanto jogavam. Não tinha problema em chegar sem nada, a gente pedia na hora e era sempre de boas. Tudo bem, a gente (marido e eu) não tinha filho na época, mas mesmo nossos amigos que tinham uma bebê, era muito de boas.

Depois eles se mudaram para um bairro bem longe. 2 horas não rola um chega mais. Veio pandemia. Eles se mudaram de país. E é isso.

Mas foram anos muito muito bons.

Nesse período, eu reclamava pouco da vida. E também tive outros dois blogs. Em um deles, eu assinava com 4 nomes diferentes apenas para imaginar como seria ter um blog comunitário, rsrs. A louca. É, sou eu. Adoraria fazer isso de novo, mas não consigo manter uma conta só.

Não tem nada a ver, mas preciso comentar como eu odeio o conceito do bolo mesclado mal executado. Bolo mesclado é bolo branco com bolo de chocolate. Supõe uma ideia de meio a meio. Pode ser um bolo meio chocolate, meio baunilha. Pode ser em camadas alternadas. Mas é uma ideia de mescla, de mistura. Aí você compra um bolo mesclado e ele vem com uma ilha de chocolate num mar de bolo de baunilha. Parece que foi sobra da massa de chocolate que você botou só pra fingir que fez outro sabor. Eu me frustro demais com os bolos ditos mesclados. Falei isso porque eu fiz ontem um bolo mesclado aqui em casa e ficou perfeito sem defeitos. Não, eu não sou modesta na cozinha: o que eu digo que eu faço bem, é porque eu faço bem para baralho!

Enfim, a musa fitness do outono tá se entupindo de bolo de chocolate porque não conseguiu almoçar. E o sugar bomb veio com tudo e me deixou mal. Eu deveria sair pra correr pra queimar esse açúcar, mas o pâncreas já jogou aquela carga absurda de insulina e me deixou triste.


Sem backspace

Estou aqui deitada, nope, sentada na cama, apoiando meu teclado bluetooth da microsoft que foi meu parceiro da faculdade na minha bandeja do snoopy com luminária usb, tentando escrever sem ficar olhando para a tela vazia. Por dois motivos, pela ansiedade da tela vazia e para tentar desconectar antes de dormir. Ok, estou roubando porque estou conectada, mas não estou olhando para o que estou escreverndo, mas somente jogando os pensamentos diretamente no teclado. Detalhe: meu teclado funciona muito benm, mas por algum motivo, o botão do baclkspace não funciona. Então, pode ser que haja erros de digitação e eu não vou me esforçar mais para corrigir.
Percebam que eu escrevo frases insuportavelmente longas no blog, mas quem conversa comigo no whats, por xexemplo, deve ficar nervoso porque eu sempre aperto enter e mando uma SEQUÊNCIA GRANDE DE FRASES CURTAS. OPPS, CAPS LOCK.
Está muito muito quente aqui,. Acho que a luz de led está esquentando. Não posso esquecer de instalar a lâmpada de led na minha máquina de cosutra antes de botar ela pra funcionar, porque a normal pode derreter ela.
Eu queto voer se costuro uns porta talheres/jogo americano pra levar apra o trabalho, e para dar de presente, e para a merendeira do meu filho, entende?
Hoje eu tava aqui tentando expolicar como minha cabeça funciona. Vo dar um exemplo: estou ouvindo uma múica de mindfulness no fone bluetooth digitando o que vem na mente. Do lado direito da minha "mesa" eu tenho um planne dr de papel e do lado esquerdo hjá pouco estava o guai nutricional que recebi em abril do ano passado e foi meu favorito até hoje, mas percebi que nem flembrava direito das incicações, então vou ter de recomeçar do zero semana que vem. Também não vou me boicotar mais bcom blolos gostosos no freezer, ok?
Eu já comentei sobre minha ideia de repetir toda quinta-feira o mesmo vestido para tirar foto no elevador do estacionamento e tentar ver se noto alguma evolução ao longo do ano? Pois é. Estou pensando em fazer isso.
Estou também incomodada porque estou flatulando muito. Acho que foi o excesso de chocolate por ter comido duas fatias da torta/bolo que comprei pro dia do aniversário de filhote (não o dia da festa, eu fiz dois parabéns).
       

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Feliz Ano Novo!

Este ano já está sendo diferente?
Não!
Estou me enrolando como sempre, obviamente defequei para as minhas orientações nutricionais e me chateei.
Passamos 2023 em obras desde julho. Tenho vizinhos muito bacanas num terreno em frente que faz festas (alugam etc) todos os finais de semana praticamente, além de termos tido de aturar 2 meses de baile funk em casa por conta de terem mudado a rua onde fazem. Então trocamos por janela antirruído, colocamos ar condicionado na casa, foi uma obra intensa.
E aí estamos diante de um verão que seria sem precedentes (um calor da polícia), e pensamos: tudo bem, estamos prontos. Só fechar a janela, climatizar a sala e sermos felizes. Então, a concessionária de energia diz: "No no no".
Pois é, pessoal. Sabe quando você sente que a vida é um eterno boss atrás de boss. Quando você acaba de distribuir seus atributos novos, vem um chefe que você não tem nada que possa fazer. Pois é. Assim me sinto.
Mas temos de perseverar, né? Afinal, todo mundo fica sem luz, então pelo menos não vai ser som. Er.......
Ok.
Depois que o freezer pifou (já consertado), passou o aniversário de filhote, estamos nas expectativas de volta às aulas, eu preciso tomar jeito.
Então, eu voltei a planejar. Eu não consigo lidar ainda com a infiltração do chuveiro (que já me deu crise de ansiedade ontem), mas consigo pensar no cardápio da semana. E não precisa ser aquela parada surreal. Só precisa ser comida e não ser iFood.
Então, foda-se que eu não consiga ter ânimo para treinar, correr, malhar, ficar sarada (eu nem quero isso, só queria não parecer grávida de 5 meses quando eu ainda não estou). Vamos no beabá. Meu beabá hoje é sentar e pensar no que vou comer. E daí pensar no que vou comprar e quando comprar. Porque, eu expliquei, com problemas de distribuição de energia, tu tens que pensar bem antes de estocar comida.
E é isso.
Meu pão maravilhoso mofou completamente de ontem pra hoje. Coisa mais linda. Esse é comida de verdade: sem conservantes etc. Comi uma torrada sobra da minha intoxicação alimentar de janeiro, com minha pasta caseira. E é isso! ;)
Agora vou sair pra tirar foto de criança pra escola (e pra minha futura coleção de fotos 3x4).
Até mais tarde!

Ps: Num ato de confiança, vou compartilhar o link deste blog com aquele que hoje é meu melhor amigo fora de casa, mas sem expectativas, sem pressão.