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segunda-feira, 17 de junho de 2024

Pavor de montanha russa

Quando fiz minha primeira lista 101/1001, lá em 2006, um dos itens era justamente: andar numa montanha russa. Eu já tinha ido numa volta num parquinho tipo Playcenter no aniversário do meu amigo Fabber, em 2001 (tem tempo né?), com um loop, mas não contava porque eu achava que montanha russa tinha de ser algo mais sofisticado.

Gente, eu tenho pânico de altura. Vocês acham que seria um boa ideia ir a uma montanha russa?

Em 2015, eu fui na Euro Disney e encarei. O veredicto: eu tenho pavor de montanha russa.

E faz todo o sentido do mundo. Eu detesto os altos e baixos da vida como um todo. Eu detesto falta de previsibilidade. Eu detesto não ter controle sobre as coisas. Não a toa, minha primeira profissão foi o quê? A garota das asas, né?

Faz quase 1 mês que não posto. Não, não tô fazendo nada do Desafio de 90 dias da escola das escritoras. Não consigo me concentrar na pós. E estou aqui, postando no blog em vez de estar fazendo algo sério (ok, vou fazer algo sério e já volto).

Faz pouco mais de um mês que resolvi parar de decidir que preciso fazer as coisas e falar que vou fazer as coisas, para tentar efetivamente fazer as coisas, quietinha no meu canto.

Só que a montanha russa é uma titica, né?

Era para eu ter voado baixo na semana passada, mas filhote adoeceu e eu fiquei dois dias praticamente insones, e mal ainda depois. Hoje eu ia sair pra caminhar e arrumar umas coisas e capotei na cama, porque... a pereba de minha criança passou pra mim e estou com a mão esquerda possivelmente contaminante, além de dolorida. Felizmente, é leve. Mas, pensa num desânimo.

Ainda preciso largar tudo e fazer o bolo da criança que resolveu que não gosta mais de leite (a mamadeira foi uma experiência muito ruim enquanto o céu da boca estava machucado) e ele comeu um bolo inteiro de sábado pra hoje. E ainda estou aprendendo a lidar com isso.

Maaaaas, como tudo tem um lado positivo, faz 4 noites que ele dormiu. DORMIU. Estou emocionada. Fazia 3 anos e meio quase que eu não dormia. E agora vejo uma luz no final do túnel. E isso pode ser finalmente o que falta para conseguirmos o desfralde. Tenho fé.

Enfim, estou tentando ficar mais na minha, porque quando jogo meus planos pro vento, parece que estou sendo boicotada. Como se o Gabriel Agreste virasse pra mim segurando meu amok e dissesse "Nããããão!".

Apesar de tudo, estou relativamente bem com tudo. Um pouco frustrada, mas treinando a resiliência, que é o que resta mesmo.

Ainda, passei por uns pensamentos muito fortes sobre amizade. Quem me conhece sabe que eu tenho um problema muito sério com amigos. Eu os amo, e os afasto na mesma proporção. Parte de mim está entendendo o processo, e é bem egoísta, por sinal. Tenho medo.

Vou me afastando quando os nossos interesses mudam e eu não consigo me adaptar para fazer parte do mundo novo. Vou me afastando quando sinto que só conseguimos conversar sobre as coisas sérias ou as coisas do passado. Vou me afastando quando sinto que não sou importante o suficiente. Ao mesmo tempo, eu continuo circundando, porque não quero me afastar. E aí, cara, é uma dualidade tão complicada... Mas a maior parte dela só mora na minha cabeça.

Percebo que perdi muitos momentos importantes da vida de pessoas que eu admiro e de que gosto muito. Quando vejo em retrospecto, sempre penso que gostaria de ter estado ali, quando não estive. Entendo que o afastamento também é natural, mas, enfim, às vezes eu gostaria de conseguir fazer um esforço a mais. Só que quando faço esse esforço a mais, é  um esforço tão grande pra mim, que eu acabo ficando zangada com a situação. Ou seja, eu crio um problema na minha cabeça, eu tento resolver o problema na minha cabeça me forçando a fazer algo com o que não me sinto confortável e depois eu fico zangada com os outros por um problema que só existe no fantástico mundo de Clara.

Queria realmente ser clara para mim na hora em que vivo as coisas, e não ruminando depois. Mas, como digo sempre, meu nome não é Clara.

Tô precisando investir em alguns projetos solo. Tô precisando me encontrar, que nem o Ás de Copas. Mas também preciso parar de usar 40 horas por semana do meu telefone com rede social. Ok, dessas, 10 horas são lendo fanfic, rsrs. Preciso sair desse mundo virtual.

Preciso viver o mundo real também. Já falei mais de 500 mil vezes isso, mas preciso de gente, não de tela. Só não consigo ainda alinhar os planetas para conseguir encontrar com gente. Mas uma coisa de cada vez.

terça-feira, 16 de abril de 2024

Terapia

Olá, meus caros leitores não-leitores de uma autora não-autora aleatória!

Hoje estou feliz. Depois de alguma turbulência, estou feliz. Estou mais em paz.

Amanhã será um grande dia. Teremos a entrega da minha dignidade acadêmica pela minha segunda graduação (e eu, por pouco, esqueci disso hahaha).

Estou horrorosa, fisicamente, e me entupindo com culpa de um Trakinas de Morango depois de um biscoito da vaquinha coberto com chocolate. Mas, hoje não é sobre meus quase 90kg. Amanhã pode voltar a ser sobre isso.

Hoje é sobre um pouco de alívio. Fomos à clínica geral e a probabilidade maior é que a massa encontrada seja apenas um cisto. Vamos fazer a ressonância completa, até para não ficar de olho só no órgão específico, e seguir.

Nestes últimos sete dias, eu senti muito medo. Sim, a Clara tem razão, eu sou uma pessoa muito muito medrosa. E me sinto culpada por tudo. Mas, enfim, vamos seguir em frente.

Meu último mês foi muito conturbado. Emocionalmente foi e continua sendo desgastante, porque ainda há coisas que precisam ser enfrentadas e ainda não foram (leia: vazamento de algum apartamento de cima). Na Páscoa, eu surtei. Fiquei muito mal. E nesse meu último episódio, meu marido me implorou para que eu procurasse ajuda.

E agora eu tenho uma terapeuta para chamar de minha. Não sei se vou conseguir evoluir, mas confesso que me ajuda ter alguém para falar sem me sentir um estorvo. Não costumo me abrir muito porque sempre me sinto um peso. Então, talvez, fato, ter alguém que profissionalmente faça isso... talvez isso me faça me sentir um pouco menos estorvo e ter coragem de trabalhar alguns sentimentos impossíveis de lidar.

Sexta será a segunda consulta de verdade. Sexta também finalmente é a consulta da neuropediatra de filhote. E agora faltam pouco mais de 20 dias para a consulta com a psiquiatra também.

Eu quero finalmente me entender. Não é que eu queira me colocar numa caixa apenas para ter um rótulo. Eu quero me entender, entender as lacunas que ninguém entende, sabe? Talvez com isso eu consiga também passar a me perdoar mais. Perdoar-me por ser estranha, não me sentir mal por ficar completamente esgotada com quase todas as interações sociais. Não me achar esquisita porque minha linha de raciocínio é tortíssima. Hmmmmmmmm... torta de limão ou de avelã com chocolate? Maluco, já pensou numa torta com um creme neutro e uma ganache de chocolate mentolado por cima? Não não não não... um creme de cappuccino com uma ganache de chocolate amargo e mentolado por cima? Fruta que caiu, isso deve ser do andar de baixo!!!! Ok. Torta.

Eu nunca gostei da ideia de normalidade. Normal pra mim é sem graça. Quando mais nova, eu adotava uma postura de ser extravagante porque quem gostasse realmente de mim ia andar comigo mesmo eu sendo... aleatória? Mas, isso era um pouco de uma facade. ... Hmmm, acho que isso é papo pra outro momento.

Estou escrevendo aqui porque ando muito sumida. E peço desculpas porque eu JURO que pensei em escrever, mas também estou ultra mega sem tempo. Preciso também organizar os pensamentos. Na verdade, eu postei uns dois posts aqui que não estão disponíveis: um porque reverti em rascunho porque era MUITO pessoal, mas eu precisava desabafar; outro porque o blogger perdeu tudo o que digitei.

Que seja... Semana que vem eu vou fazer um pavê de pêssego.

Amanhã eu recebo meu diploma bonitinho.

Ah, em maio eu começo uma pós.

Eu havia mencionado que eu queria fazer uma pós? Não. Eu havia colocado nas minhas 101/1001 metas uma pós? Não. Eu resolvi tirar do orifício anal e me inscrever numa pós do trabalho? Sim. Yey!

Lá vamos nós.

domingo, 18 de fevereiro de 2024

Angústia

Passei o Carnaval me entupindo de doces. Três picolés e um pote de sorvete por dia, fora os ifoods. Bateram várias bads de ansiedade e noites mal dormidas.

Nesse momento eu estou decidindo se fico no quarto com a janela aberta fresquinha ao som do baile funk ou se fecho tudo e fico no abafado. Na verdade, provavelmente será a 3a opção: ir pro quarto de filhote porque meus travesseiros já estão lá me esperando.

A noite de hoje foi péssima. 

Segunda começa a recuperação da parede do meu quarto. Estou com uma infiltração muito provavelmente da instalação do meu chuveiro (que fui eu quem instalou *emoji do palhaço*), mas porque o joelho ficou muito pra dentro e possivelmente está minando por ali. Tem outro fator também, sobre como abrem totalmente o registro do chuveiro sem nenhuma necessidade, mas ñ tenho controle sobre isso. Então vamos ver se o prolongador resolve e vamos descascar a parede do quarto. O lado bom: era provavelmente a parede mais feia da casa, justamente porque ficou cheia de ondulações e eu sempre ficava irritada quando olhava para ela. Vamos pensar que agora vai melhorar, mas juro que não aguento mais poeira, dinheiro voando, etc etc.

Ando muito impaciente, principalmente com filhote, e isso me deixa triste. Molecote vira o taz mania com sono e nunca se entrega, então é muito difícil. Mas preciso melhorar. Penso que se eu dormir um pouco mais ja vai ajudar. O Flórida é que meu ciclo cardiano (?) está completamente zoado. Enfim, são 2:40 da manhã e eu já deveria estar dormingo. Whatever.

Daí hoje eu reinstalei com app Me+. É um app de organização de rotina, que eu já tinha pagado a assinatura anual por impulso ano passado. Eu sou muito impulsiva quando se trata de dinheiro, o que é uma verdadeira titica pra mim. Enfim, vamos ver se dessa vez funciona. O importante é que eu já suspendi o pagamento da assinatura.

Vamos lá. Espero que amanhã (hoje) seja um novo dia. Mas é muito difícil ter a minha audição. Estou ouvindo num fone uma música de meditação do meu app de fitness e a batida do funk tá explodindo a minha cabeça. Cara, é muito muito difícil ser assim. Eu não gosto.

O bom é que o remédio da minha "micose" está secando. Eu não gosto de deitar no quarto de filhote com ele ainda "molhado", entende? Tenho medo de passar o remédio pra pele dele sem querer.

Eu vou ao banheiro assim que terminar essa sequência e depois vou iniciar outra dessa música calmante ou de som de chuva, mas aí com a tela do celular desligada para ver se vai.

Estou me sentindo horrorosa e engordei ainda mais. Meu maiô não cabe em mim e vamos para a praia este final de semana pro aniversário da minha sobrinha. Daí eu acabei cumprindo parte da minha meta aqui, que foi comprar um maiô bonito. Comprei mais de 1, na verdade, um do meu tamanho atual e um menor, porque eu quero usar esse lindo menor, que não tinha do meu tamanho atual.

Estou vendo o local para colocar filhote na natação, indicação de uma amiga, e lá tb tem hidro. Acho que vai dar bom pra mim mexer com água. Veremos o preço. 

A melodia atual passou. Vou começar a segunda meditação, mas dessa vez para meditar mesmo, com a tela desligada, pra relaxar e dormir. Normalmente eu capoto e vira uma sessão de relaxamento muito longa pro app, então hoje decidi fazer em duas etapas. Uma para registrar e acalmar. A outra para efetivamente dormir.

Boa noite, mundo. Amanhã conversaremos mais.