terça-feira, 16 de abril de 2024

Terapia

Olá, meus caros leitores não-leitores de uma autora não-autora aleatória!

Hoje estou feliz. Depois de alguma turbulência, estou feliz. Estou mais em paz.

Amanhã será um grande dia. Teremos a entrega da minha dignidade acadêmica pela minha segunda graduação (e eu, por pouco, esqueci disso hahaha).

Estou horrorosa, fisicamente, e me entupindo com culpa de um Trakinas de Morango depois de um biscoito da vaquinha coberto com chocolate. Mas, hoje não é sobre meus quase 90kg. Amanhã pode voltar a ser sobre isso.

Hoje é sobre um pouco de alívio. Fomos à clínica geral e a probabilidade maior é que a massa encontrada seja apenas um cisto. Vamos fazer a ressonância completa, até para não ficar de olho só no órgão específico, e seguir.

Nestes últimos sete dias, eu senti muito medo. Sim, a Clara tem razão, eu sou uma pessoa muito muito medrosa. E me sinto culpada por tudo. Mas, enfim, vamos seguir em frente.

Meu último mês foi muito conturbado. Emocionalmente foi e continua sendo desgastante, porque ainda há coisas que precisam ser enfrentadas e ainda não foram (leia: vazamento de algum apartamento de cima). Na Páscoa, eu surtei. Fiquei muito mal. E nesse meu último episódio, meu marido me implorou para que eu procurasse ajuda.

E agora eu tenho uma terapeuta para chamar de minha. Não sei se vou conseguir evoluir, mas confesso que me ajuda ter alguém para falar sem me sentir um estorvo. Não costumo me abrir muito porque sempre me sinto um peso. Então, talvez, fato, ter alguém que profissionalmente faça isso... talvez isso me faça me sentir um pouco menos estorvo e ter coragem de trabalhar alguns sentimentos impossíveis de lidar.

Sexta será a segunda consulta de verdade. Sexta também finalmente é a consulta da neuropediatra de filhote. E agora faltam pouco mais de 20 dias para a consulta com a psiquiatra também.

Eu quero finalmente me entender. Não é que eu queira me colocar numa caixa apenas para ter um rótulo. Eu quero me entender, entender as lacunas que ninguém entende, sabe? Talvez com isso eu consiga também passar a me perdoar mais. Perdoar-me por ser estranha, não me sentir mal por ficar completamente esgotada com quase todas as interações sociais. Não me achar esquisita porque minha linha de raciocínio é tortíssima. Hmmmmmmmm... torta de limão ou de avelã com chocolate? Maluco, já pensou numa torta com um creme neutro e uma ganache de chocolate mentolado por cima? Não não não não... um creme de cappuccino com uma ganache de chocolate amargo e mentolado por cima? Fruta que caiu, isso deve ser do andar de baixo!!!! Ok. Torta.

Eu nunca gostei da ideia de normalidade. Normal pra mim é sem graça. Quando mais nova, eu adotava uma postura de ser extravagante porque quem gostasse realmente de mim ia andar comigo mesmo eu sendo... aleatória? Mas, isso era um pouco de uma facade. ... Hmmm, acho que isso é papo pra outro momento.

Estou escrevendo aqui porque ando muito sumida. E peço desculpas porque eu JURO que pensei em escrever, mas também estou ultra mega sem tempo. Preciso também organizar os pensamentos. Na verdade, eu postei uns dois posts aqui que não estão disponíveis: um porque reverti em rascunho porque era MUITO pessoal, mas eu precisava desabafar; outro porque o blogger perdeu tudo o que digitei.

Que seja... Semana que vem eu vou fazer um pavê de pêssego.

Amanhã eu recebo meu diploma bonitinho.

Ah, em maio eu começo uma pós.

Eu havia mencionado que eu queria fazer uma pós? Não. Eu havia colocado nas minhas 101/1001 metas uma pós? Não. Eu resolvi tirar do orifício anal e me inscrever numa pós do trabalho? Sim. Yey!

Lá vamos nós.

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