domingo, 23 de novembro de 2014

Um passo para trás

Ontem terminei meu post com a frase dar um passo para trás para poder dar dois para frente. Essa frase ouvi pela primeira vez por um chefe temporário que tive, quando tentei explicar a necessidade de piorar um pouco a situação antes de poder implementar uma melhoria. Concordo que muitas vezes, ela vale ouro. Só não vale quando começamos a usá-la como desculpas para não ir nunca para frente. Se recuar demais, o efeito pode ser bem indesejável.
Neste momento, considero oportuna. Um dos motivos que estava me causando muita angústia era o fato de não conseguir dar conta de todos os compromissos que assumia.
Moro numa cidade de trânsito infernal. Trabalho num município vizinho, o que por si só é desolador. Gasto em torno de quatro horas por dia no trajeto casa-trabalho-casa. Isso é desgastante, degradante, exaustivo. Se pensarmos bem, é 1/6 do meu dia. Somado a esse a necessidade de dormir umas oito horas por dia, posso concluir que metade do dia não está sendo "utilizado". Obviamente, não consigo dormir oito horas por dia. O exemplo é hipotético.
Somente isso já justificaria meu desânimo em ir para o trabalho. Some as oito horas de trabalho por dia, o que resta? Teoricamente 4 horas por dia.
Nessas 4 míseras horas, tenho de cozinhar, comer, limpar, tentar arrumar a casa, lavar roupa, passar roupa, tentar fazer uma atividade física para emagrecer e tentar fazer algo que valha a pena o dia.
Ultimamente, a sensação é de que nada vale a pena.
Então, precisamos cortar o que não é tão necessário. A primeira coisa que cortei foi no início do mês: o tal do Facebook. Pode não parecer, mas gastamos um tempo absurdo lendo a vida dos outros em vez de vivermos a nossa. E estava cansada daquele mundo de fotos felizes ou de pessoas que reclamam de tudo. Eu precisava respirar. Eu preciso de uma vida.
O que mais desejo é conseguir reduzir o tempo que gasto para ir ao trabalho. No entanto, ainda estou pagando minha penitência, meu "pedágio", e somente no final do ano que vem que vou conseguir mudar para a sede. Com isso, devo reduzir meu tempo de trajeto de quatro para média de duas horas e meia. Significa um aumento de quase 50% do meu tempo atual.
Mas como não posso alterar as circunstancias atuais, preciso dar um jeito para criar mais tempo para mim, sem sacrificar mais meu dia.
Aos poucos, vou contar o que estou reduzindo e como restou tentado ganhar tempo. Meu próximo passo é criar um cronograma para me auxiliar a viver.

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