quarta-feira, 8 de julho de 2015

Quando você deixou de cantar?

Vi recentemente no facebook sobre como um chefe de uma tribo respondia aos anseios de tristeza profunda e depressão de quem o procurava. (O texto não é bem assim, mas a ideia serve)

E ele respondia com seis perguntas:
- Quando você deixou de dançar?
- Quando você deixou de se encantar?
(...)
- Quando você deixou de amar?

Por mais que a fonte usualmente me irrite, eu gostei dos questionamentos. Quando eu deixei de ser feliz?

Quando eu deixei de lado o que me faz feliz? Quando eu deixei de cantar? Quando eu deixei de escrever? Quando eu deixei de ouvir música? Quando eu deixei de dançar?

Quando eu deixei o meu rosto ficar mais enrugado de choro do que de sorrisos? Essa não sou eu. Não sou.

Voltando para casa ouvindo Negaboshi he (Search for you love), eu vi o reflexo do meu rosto inchado de choro, meu nariz de Rudolph... Essa não sou eu.

Eu sou a pessoa que não se importa. Eu danço no trabalho, eu faço piada ruim, eu sou efusiva... Quando eu fiquei careta?

Eu quero voltar a achar graça dos bondes... Eu quero voltar a sorrir.

Não adianta. O problema não é o local. O problema tá dentro de mim. É difícil me convencer, eu sei, porque tudo já foi tão redondo e certo... Tudo já foi tão legal.

Como eu faço para tornar legal de novo?

Eu quero fazer algo divertido.

Cadê você, Christina Yang? Estou cansada de viver a Meredith Grey... E se amanhã o dia nascer diferente?

Às vezes, eu me sinto tão só, tão cansada, tão vazia. Chega de correr atrás do que não existe mais. O que existe é o hoje. E hoje de noite eu vou cantar.

E beijinho no ombro pro recalque passar longe.

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